Pesquisa realizada no Pará é citada na principal revista científica da ortopedia mundial

Pesquisa realizada no Pará é citada na principal revista científica da ortopedia mundial

Pesquisa desenvolvida pelo professor da UFPA, o ortopedista João Alberto Maradei Pereira, foi citada na mais nova edição da The Journal of Bone and Joint Surgery, principal revista científica da ortopedia mundial. O estudo aparece no levantamento realizado pela revista, que aponta os mais recentes estudos que trouxeram novidades e avanços sobre a cirurgia de reconstrução do joelho. .

A pesquisa, citada como referência pela renomada revista, avalia dois métodos de prevenção à trombose e à embolia, duas complicações graves que podem surgir após uma cirurgia de grande complexidade, como a artroplastia total do joelho. Os métodos avaliados foram a medicação com anticoagulante e a prevenção mecânica, que é o uso de uma meia de compressão contínua e sequencial sobre o inchaço da perna (edema) e a perda sanguínea.

De acordo com o ortopedista, o estudo mostrou que o uso da meia resulta em menos inchaço da perna e menor perda sanguínea do paciente. “Ou seja, em um grupo de pacientes, se o médico puder optar, dizemos que a meia traz melhor resultado. Mas é importante ressaltar que não são todos os pacientes que podem utilizar somente a meia como prevenção. Se o paciente tem um histórico de já ter tido trombose ou embolia, ele precisará tomar a medicação.”, explica.

Não é a primeira vez que a pesquisa é destaque internacional. O referido estudo, desenvolvido totalmente no Pará com pacientes do SUS, conquistou este ano o Prêmio Paolo Aglietti de Melhor Pesquisa Mundial sobre Artroplastia do Joelho, durante o Congresso Mundial de Cirurgia do Joelho, realizado em Boston (EUA).

Aqui no Brasil, a pesquisa também foi reconhecida como relevante. No ano passado, ganhou o prêmio de Melhor Pesquisa Clínica da Ortopedia Brasileira, no Congresso Brasileiro de Ortopedia, realizado em Florianópolis (SC).

“Acredito que a pesquisa se destaca por abordar uma situação do dia a dia, pois a artroplastia total do joelho é cada vez mais realizada no mundo todo, devido ao envelhecimento da população. E usamos como metodologia um ensaio clínico randomizado, que é considerado a evidência científica de mais alta excelência.”, destaca o ortopedista.

O estudo foi realizado com o aval da UFPA, USP e Hospital Maradei. Contou com a participação de 150 pacientes que se submeteram à artroplastia total do joelho no período de 2019 a 2021. A maior parte deles na faixa etária entre 60 e 70 anos. Foram pacientes que se encaixaram no perfil de poder tomar tanto a medicação de forma isolada ou usar a meia de forma isolada.

Créditos
Com informações da Agência NRT
Foto: Divulgação