Uma investigação da empresa de pesquisa de mercado e análise de dados Yougov sugere que, talvez, 2023 não seja um ano tão ruim para os jornais quanto se previa.
Embora tenha sido apontado o impacto do cansaço do leitor e da recessão que alguns países vivenciarão como gatilho para o aumento dos cancelamentos de assinaturas de mídia, a pesquisa de Yougov revela que um forte hábito já se estabeleceu entre os leitores/assinantes e a mídia, e que este link não pode ser quebrado tão facilmente.
Yougov observa que mais de oito em cada dez entrevistados (82%) pretendem aumentar ou manter a leitura de jornais ou revistas (impressas ou online) nos próximos 12 meses. Especificamente, 17% dizem que lerão menos, 47% que lerão o mesmo e 18% que lerão mais.
De acordo com o relatório, os meios de comunicação tradicionais como a rádio e os jornais ou revistas registram uma forte penetração, “confirmando elevados níveis de envolvimento contínuo”. Alguns produtos em expansão, como podcasts, ainda têm dados de penetração mais baixos em comparação com atividades de mídia mais estabelecidas, embora também haja uma forte propensão para continuar.
O estudo revela que 15% apontam que vão ouvir menos podcasts, 29% que vão ouvir o mesmo e 17% que vão ouvir mais, o que dá uma penetração total de 61%, para um total de 82% de jornais ou revistas.
A pesquisa, comparando o futuro comportamento global dos usuários de mídia com o dos últimos 12 meses, conclui que a penetração da mídia digital permanece “alta e estável”.
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A mídia digital “continua a dominar a escolha do consumidor, com sites ou aplicativos registrando a maior penetração”. Mais de nove em cada dez (95%) consumidores globais relatam ter visitado sites/aplicativos nos últimos 12 meses e uma proporção semelhante (93%) pretende continuar essa atividade nos próximos 12 meses.
Além disso, 88% interagiram com mídias sociais nos últimos 12 meses, e uma proporção semelhante provavelmente usará mídias sociais nos próximos 12 meses.
Por faixa etária, a alta penetração de sites/aplicativos se mantém em todas as faixas etárias. Atividades relacionadas à mídia tradicional, como assistir televisão e ler jornais/revistas, ocupam menos tempo entre os menores de 34 anos.
O público mais jovem é significativamente mais propenso a transmitir músicas e vídeos, jogar videogames, ouvir podcasts e participar de eventos ao vivo pessoalmente ou assistir a filmes no cinema, em vez de assistir TV ou ler jornais/revistas.
Fonte: ANJ
