O pastor Nicoletti, líder da Igreja Recomeçar, causou revolta nas redes sociais após declarações polêmicas feitas durante uma pregação transmitida online. Em meio ao culto religioso, ele afirmou que “odeia pobre” e declarou que “Jesus nunca foi pobre”. O discurso ainda incluiu críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem se referiu como “nove dedos ladrão”.
“Eu odeio pobre. E eu vou dizer que Jesus nunca foi pobre. E se te falaram isso, mentiram. Porque o pobre não é só pobre financeiramente, ele é vítima de alguém que o fez ficar pobre. Ele sempre entende que o mundo deve para ele, e a culpa é de quem tem mais”, disse Nicoletti, enquanto criticava programas de assistência social e políticas de redistribuição de renda.
Ainda durante a transmissão ao vivo, compartilhada pelas redes sociais da igreja, o pastor atacou diretamente o presidente Lula (PT), dizendo que “todo ladrão tem discurso de ajudar” e que “dar esmola é patrocinar a escravidão”.
“Ao invés de dar esmola, traz a pessoa para imersão por três dias aqui, você vai ver a mudança da vida dela. Todo ladrão tem discurso de ajudar, só que não é só o ‘nove dedos’ não. Tem um monte de cristão ladrão dentro da igreja que rouba o altar e critica a corrupção”, afirmou o líder religioso.
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As falas geraram indignação de internautas e reacenderam debates sobre o papel de líderes religiosos na propagação de discursos de ódio e de teor político-partidário.
Quem é o pastor Nicoletti?
Pastor Nicoletti é o fundador da Igreja Recomeçar, instituição evangélica criada em 2011. Em seu site oficial, a igreja afirma ter como missão “atrair pessoas para o Reino, gerar sonhos e mentorear em suas realizações com foco em seus objetivos”. A visão da igreja inclui a meta de “ser referência nos 27 estados brasileiros, auxiliando pessoas na saúde espiritual, familiar e financeira”.
Repercussão e críticas
As declarações do pastor têm sido amplamente criticadas por especialistas, fiéis e usuários das redes sociais, que acusam Nicoletti de promover discurso elitista e preconceituoso, além de utilizar o púlpito para ataques políticos.
