SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papa Francisco disse estar rezando “pela população do estado do Rio Grande do Sul, atingido por grandes inundações”. Ele também disse “orar para que o Senhor acolha os mortos, conforte os familiares e aqueles que tiveram que sair de suas casas”.
O mandatário religioso mencionou a tragédia climática no Brasil em parte de seu discurso realizado neste domingo (5), no Vaticano, em frente a milhares de religiosos.
O estado enfrenta a pior enchente já registrada na história. Segundo a Defesa Civil, o número de mortos confirmados já chega a 75, e são pelo menos 780 mil pessoas afetadas.
As chuvas atingiram mais da metade dos municípios do estado. Em Porto Alegre, a capital do estado, o aeroporto teve de ser fechado devido à inundação. Há registros do nível da água do rio Guaíba, que corta a cidade, atingindo uma altura acima de 5 metros. Milhares sofrem com o racionamento de água e falta de luz. O comércio do Centro Histórico também teve de ser fechado.
Na madrugada deste domingo, a chuva voltou a atingir o município. Em Canoas, na região metropolitana, populares realizaram um cordão humano dentro da água para auxiliar as embarcações que a todo momento chegavam com pessoas resgatadas das áreas inundadas.
Em todo o estado, os temporais também provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Segundo a última atualização, neste domingo, eram 113 trechos em 61 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. Sete rodovias com bloqueios foram liberadas ao longo do sábado.
Segundo o governo gaúcho, duas barragens estavam em situação de emergência, com risco iminente de romperem.
VEJA COMO AJUDAR
A partir desta segunda-feira (6), a rede de agências dos Correios nos estados de São Paulo e Paraná, além de parte das unidades no Rio Grande do Sul, passarão a receber doações para as vítimas do estado.
Essa coleta de doações se soma à campanha organizada pela Defesa Civil estadual gaúcha, que tem recebido doações em dinheiro (via Pix) e de materiais, além de orientar os voluntários sobre os materiais que as vítimas mais precisam.
Os Correios vão aceitar doações de alimentos da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de higiene seco e roupas.
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