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Padilha recebe ministeriáveis; PP e Republicanos serão incorporados no governo

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta sexta-feira (12), que não guarda rancor em relação ao presidente da Câmara dos Deputados,. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta sexta-feira (12), que não guarda rancor em relação ao presidente da Câmara dos Deputados,. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

MARIANNA HOLANDA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em busca de consolidar base no Congresso Nacional, o ministro Alexandre Padilha (SRI), recebeu nesta quinta-feira (18) ministeriáveis do centrão no Palácio do Planalto, e ao final do dia, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que PP e Republicanos serão “incorporados no governo”.

Pela manhã, Padilha recebeu o líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), que era cotado para assumir o Desenvolvimento Social. Depois, à tarde, esteve com Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), citado para assumir Esportes.

Segundo auxiliares palacianos, discutiram espaço para os partidos no governo. O Planalto negocia abrir espaço no primeiro escalão para aumentar o apoio e ganhar mais previsibilidade em votações no Legislativo.

“A tese de incorporar esses partidos [PP e Republicanos] no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa que foram indicações dos partidos”, disse Guimarães, no Palácio do Planalto, a jornalistas.

“Porém, o presidente não bateu o martelo, não deliberou nada. Qual tamanho, para onde [vai], nem nada”, completou. Lula (PT) está em viagem em Bruxelas, onde participa da cúpula UE-Celac (União Europeia-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), e chega em Brasília no final da tarde de quarta-feira (19).

O Desenvolvimento Social era cobiçado pelo PP, mas essa possibilidade foi afastada pelo mandatário na semana passada. Comandado por Wellington Dias, o ministério é responsável pelo Bolsa Família.

Ainda que aliados de Lula tenham críticas à gestão do correligionário na pasta e o PT já tenha admitido abrir mais espaço na Esplanada para o centrão, o ministério é tido como “central” para o Lula 3.

“Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério”, disse o chefe do Executivo, em entrevista à TV Record na semana passada.

Já no caso dos Esportes, Lula recebeu a ministra Ana Moser antes de embarcar para a Europa. Ao invés de demiti-la, deu a ela a missão de oficializar a candidata do Brasil para sediar a próxima Copa do Mundo feminina no campeonato que iniciou nesta semana, na Nova Zelândia e na Austrália.

Lula afasta o termo “reforma ministerial”, mas não nega que há discussão sobre o seu primeiro escalão. Mas ele disse que só serão efetuadas as trocas na volta do Congresso, em agosto. Os parlamentares estão de recesso por duas semanas.

O mandatário também costuma dizer que cabe a ele escolher qual ministério oferecerá aos partidos que tiverem interesse em fazer parte do governo.

“É só fazer uma inversão de valores. No momento certo, nós vamos conversar da forma mais tranquila possível. Não quero conversa escondida, conversa secreta. Na hora que voltar Congresso Nacional, que for juntar os líderes dos partidos que vou conversar, toda a imprensa vai ficar sabendo o que que eu conversei com cada um, o que foi ofertado para a participação do governo e o que o governo quer estabelecer de relação com o Congresso até o final do mandato”, disse, ainda à Record.

Na sexta-feira passada, Lula oficializou a mudança no Turismo: trocando Daniela Carneiro por Celso Sabino. A União Brasil demandava a troca, uma vez que a deputada havia pedido desfiliação da sigla. Com Sabino no cargo, a expectativa do Planalto e de aliados é de que o partido finalmente se comprometa em dizer que é da base do governo.