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Nunes Marques determina retirada de tornozeleira de bicheiro

O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi um dos convidados para a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima, comemorado no início do mês no iate Project X, na Grécia.  Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi um dos convidados para a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima, comemorado no início do mês no iate Project X, na Grécia. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

BRASILIA, 18 (AG) – O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e revogou o recolhimento noturno domiciliar que era imposto a Rogério Andrade. O contraventor responde a processos sob a acusação de chefiar uma organização criminosa que domina o jogo do bicho, máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos na Zona Oeste do Rio.

Como O GLOBO mostrou, Andrade há vinha tentando na Justiça, desde às vésperas do Carnaval, a liberação para assistir ao desfile das escolas de samba sem ser pela televisão. Na ocasião, sua mulher, Fabíola Andrade foi rainha da bateria da Mocidade. O pedido atendido agora pelo STF foi feito pelo advogado André Callegari.

No fim de 2022, o Tribunal de Justiça do Rio ordenou a soltura de Andrade, que estava preso desde agosto. O alvará foi expedido após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou um pedido de habeas corpus da defesa do contraventor. No despacho, foi determinado o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno domiciliar e o comparecimento periódico ao juízo para comprovar suas atividades.

Andrade foi preso em flagrante em agosto por determinação da 1ª Vara Especializada em Crime Organizado, a pedido do Ministério Público do Rio. Durante operação da Polícia Federal, que buscava encontrar Gustavo de Andrade, seu filho, foram encontrados documentos na casa onde ele se encontrava, em Petrópolis, na Região Serrana.

No pedido de prisão, os promotores alegavam que o material aprendido comprovava que o bicheiro continua operando como líder de sua organização criminosa. A operação ocorreu após o STF suspender os pedidos anteriores de prisão do bicheiro.

O bicheiro é sobrinho do também contraventor Castor de Andrade, que morreu em 1997 e ficou conhecido como patrono da Mocidade.