CIÊNCIA

Mulheres já são maioria nas bolsas de mestrado e doutorado

MCTI amplia investimentos em ações de incentivo à participação feminina na ciência e Comissão da Câmara aprova projeto sobre o tema.

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O MCTI desenvolve diversos programas para fortalecer a inclusão de mulheres na ciência. Entre os destaques está o projeto “Guardiãs das Águas — Meninas pelo Saneamento”, coordenado pela professora Jeamylle Nilin, da UFU. A iniciativa incentiva alunas de escolas públicas a participarem de pesquisas sobre saneamento e qualidade da água, oferecendo bolsas de iniciação científica e capacitação para professoras.

Outras ações incluem:

  • Futuras Cientistas – Programa do CETENE que impactou centenas de participantes da rede pública com investimento anual de R$ 1,2 milhão.
  • Prêmio Mulheres e Ciência – Premiação em três categorias para incentivar pesquisadoras, incluindo estímulo financeiro e participação em eventos científicos.
  • Edital Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação – Com R$ 100 milhões até 2026, financia projetos voltados a meninas, priorizando bolsas para negras e indígenas.
  • Chamada Atlânticas do Programa Beatriz Nascimento – Apoio a mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas, com mais de R$ 8 milhões investidos até agora.
  • Programa Mulheres Inovadoras – Apoia startups lideradas por mulheres, oferecendo mentorias e premiação em dinheiro.
  • Programa Centelha – Estimula a criação de startups inovadoras, com um terço dos proponentes sendo mulheres.
  • Conecta Startup Brasil – Capacitou centenas de empreendedoras, com 43% das equipes formadas por mulheres.
  • Capacitação em TICs – Formação em microeletrônica, inteligência artificial e inovação digital, com vagas reservadas para mulheres.
  • Bolsa Futuro Digital – Oferecerá 10 mil vagas em 2025, com metade reservada para mulheres, em um investimento de R$ 55 milhões.
  • Popularização da Ciência (Pop Ciência) – Programa com orçamento de R$ 250 milhões para apoiar projetos de educação científica, com forte participação feminina.

Um passo legislativo pela igualdade

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara aprovou um projeto de lei que busca reduzir desigualdades enfrentadas por mulheres na ciência. Entre as medidas propostas estão um regime especial de avaliação da produção acadêmica para docentes mães ou responsáveis por familiares com deficiência, ampliação do prazo de análise da produção acadêmica em concursos e reserva de financiamento para pesquisadoras mães.

A relatora, deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), destacou que a proposta visa mitigar os impactos desproporcionais da maternidade na carreira acadêmica. O projeto segue agora para análise das comissões de Educação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ser votado no Plenário da Câmara e encaminhado ao Senado.

Fonte: Agência Gov