
De acordo com levantamento da FESA Group, as mulheres já ocupam 34% das posições de liderança em bancos e fintechs. Apesar do avanço, ainda são minoria em áreas de maior prestígio, como o Investment Banking, onde representam menos de 18% dos postos de comando.
Na Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), dados da Brasscom revelam que a participação feminina cresceu 7,7% ao ano entre 2020 e 2023, superando o índice dos homens (6,2%). O avanço se refletiu especialmente em funções técnicas, como Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Engenharia, além de um pequeno aumento em cargos de liderança. Ainda assim, elas ocupam 39% das oportunidades no setor, contra 61% dos homens.
Para Kelvia Carneiro, presidente da instituição de pagamentos Cactvs, a inclusão de mulheres deve ser encarada como estratégia de negócios:
“Diversidade não é apenas um valor, é um diferencial competitivo. Empresas que apostam na liderança feminina se destacam em inovação, governança e resultados. O desafio agora é derrubar barreiras estruturais e criar condições reais para que mais mulheres cheguem ao topo”, afirmou.
Desigualdades Regionais e o Mercado
O protagonismo feminino ainda se concentra no Sudeste, com São Paulo liderando (522 mil investidoras cadastradas na B3), seguido por Rio de Janeiro (149 mil) e Minas Gerais (136 mil). No Nordeste, programas de capacitação já impactaram milhares de mulheres, mas 56% do potencial produtivo feminino permanece fora do mercado. Iniciativas como o projeto “Mulheres para a Tecnologia Brasileira” (MEC/Huawei) destinam recursos para formar 5 mil mulheres em áreas como inteligência artificial, internet das coisas e computação em nuvem.
No Centro-Oeste, a participação feminina em TIC é de 31,6%, próxima da média nacional, mas a ocupação em cargos de liderança caiu de 44,4% (2020) para 25,5% (2023). Já no Norte, o destaque é o empreendedorismo de pequeno porte e a atuação no setor público, enquanto a inserção em grandes empresas de Finanças e Tecnologia ainda é limitada.