RIO DE JANEIRO

Mulher entra em hospital para dar à luz gêmeos e sai com apenas um bebê no Rio

Hospital alega que gravidez era de apenas uma criança e que exame pode ter indicado erroneamente a presença de gêmeos

Hospital alega que gravidez era de apenas uma criança e que exame pode ter indicado erroneamente a presença de gêmeos
Reprodução

Uma mulher que esperava dar à luz gêmeos no Hospital Municipal Mariska Ribeiro, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou a unidade de saúde com apenas um bebê. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio.

Kathelen Tavares, de 27 anos, realizou um ultrassom em dezembro, em uma clínica localizada em Realengo, que indicava a presença de dois fetos com batimentos cardíacos distintos e tamanhos de fêmur diferentes. Entretanto, após o parto, foi informada de que havia apenas um bebê.

Familiares questionam versão do hospital

Segundo Julie, prima de Kathelen, diversos exames feitos em diferentes locais confirmaram a presença de gêmeos. “Toda consulta ela ouvia o batimento das duas bebês, viu o sexo, a posição de cada uma. Foram múltiplos exames, não teria como tantos médicos errarem”, afirmou.

O parto de Kathelen estava previsto para o sábado (29), mas sua bolsa rompeu na sexta-feira (28), levando a um atendimento de urgência. No momento do procedimento, ela não contava com a presença de familiares.

A prima relatou ainda que Kathelen estava sob efeito de anestesia e que, após o nascimento do bebê, a equipe médica simplesmente afirmou que não havia outra criança. “Ela ouviu a médica dizer: ‘Não estou achando mais nada aqui. É só essa’. E foi isso.”

Investigação em andamento

A 34ª Delegacia de Polícia, em Bangu, intimou o diretor do hospital a prestar esclarecimentos. A mãe também será ouvida. Familiares questionam a documentação do hospital, que registrou o parto como “gemelar cesárea”, o que contradiz a versão de que houve apenas um bebê.

Nota do hospital

Em comunicado oficial, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro informou que, durante a cesárea, foi constatado que a paciente carregava apenas um feto, com uma placenta e um único cordão umbilical. A unidade ressaltou que não houve complicação cirúrgica e que a paciente foi acompanhada por profissionais durante todo o procedimento.

Ainda segundo o hospital, é possível que os dois batimentos identificados nos exames anteriores fossem, na verdade, sons do mesmo feto captados em diferentes pontos do abdome. A direção da unidade afirmou que a paciente recebeu todas as orientações necessárias durante o pré-natal e que permanece à disposição para esclarecimentos.

O caso segue sob investigação.