Morreu nesta terça-feira o jornalista Cícero Sandroni, membro da Academia Brasileira de Letras, aos 90 anos. Ele estava em casa, no Rio de Janeiro, e sofreu um choque séptico causado por uma infecção urinária.
A informação foi confirmada pela ABL na manhã desta terça. O velório vai ocorrer na quarta, a partir das 10h, na sede da instituição.
Nascido em São Paulo em fevereiro de 1935, se mudou aos 11 anos para o Rio, onde desenvolveu sua carreira jornalística. Atuou, entre outros veículos, na Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e Fatos e Fotos, se destacando na cobertura de política internacional.
Também esteve entre os que cobriram a inauguração de Brasília e, a convite do prefeito da nova capital, ficou à frente da secretaria de imprensa da cidade.Ainda ocupou cargos públicos como a subchefia do gabinete de Franco Montoro quando este era ministro do Trabalho de João Goulart, em 1962.
Sandroni eleito para a ABL em 2003 e presidiu a instituição entre 2007 e 2009, vencendo uma eleição de chapa única.
Foi genro de Austregésilo de Athayde, que presidiu a mesma instituição durante 34 anos -de 1959 até morrer, em 1993. Escreveu, inclusive, a biografia “Austregésilo de Athayde, o Século de um Liberal”, de 1998, ao lado da mulher, Laura Sandroni.
Da sua obra constam ainda ficções como “O Diabo Só Chega ao Meio-Dia”, de 1985, e “O Peixe de Armana”, de 2003, além de um perfil biográfico de Carlos Heitor Cony, também publicado em 2003.
O jornalista fundou a editora Edinova, com Pedro Penner. Além da mulher, Laura, ele deixa cinco filhos -Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula-, e um neto, Pedro.