Depois de quatro anos de espera na fila, Luiz Perillo, de 35 anos, recebeu um doador compatível para estômago, pâncreas, fígado, intestino e rim. O transplante, realizado em São Paulo no dia 23 de setembro, é considerado raro, especialmente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Complicações antes do transplante
Durante a longa espera, Perillo enfrentou diversas complicações. Semanas antes da cirurgia, ele apresentou quadro infeccioso, permanecendo internado por mais de uma semana. Além disso, seus acessos para alimentação e hemodiálise ficaram em risco devido à trombofilia, doença que afetou seus órgãos e acabou acelerando sua entrada na fila emergencial, possibilitando o transplante mais rápido.
Anos de luta contra a doença
Perillo descobriu a trombofilia ainda jovem, uma condição que provoca a formação de coágulos, comprometendo a veia porta, fundamental para o sistema digestivo, e levando seus órgãos à falência.
Desde 2021, viveu mais de dois anos internado de forma contínua, dependente de nutrição parenteral 13 horas por dia e de três sessões semanais de hemodiálise, chegando a pesar apenas 34 kg.
Mesmo diante da gravidade do quadro, Perillo manteve uma rotina de exercícios físicos para preservar a massa muscular e aumentar suas chances de sobreviver à cirurgia. “O exercício físico salvou a vida dele”, disse sua mãe, Jussara Martins, em entrevista anterior ao g1.
Após o transplante, infelizmente, Perillo não resistiu a uma infecção generalizada, encerrando sua luta contra a doença.