LUTO

Morre aos 92 anos Dom Angélico, primeiro bispo da Diocese de Blumenau

O primeiro bispo da Diocese de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, faleceu nesta terça-feira, às 18h23.

Dom Angélico deixou um legado marcante na Igreja Católica no Brasil. Foi bispo auxiliar de São Paulo e, a partir de 2000, tornou-se o primeiro bispo da Diocese de Blumenau, onde atuou até 2009.
Dom Angélico deixou um legado marcante na Igreja Católica no Brasil. Foi bispo auxiliar de São Paulo e, a partir de 2000, tornou-se o primeiro bispo da Diocese de Blumenau, onde atuou até 2009. Foto: Fotos Públicas

O primeiro bispo da Diocese de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino, faleceu nesta terça-feira, às 18h23, na residência do Padre Antônio Leite Barbosa Júnior, em São Paulo, aos 92 anos.

Desde novembro de 2024, Dom Angélico estava internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, onde passou por cirurgias. Após receber alta, continuou sob cuidados na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt (Brasilândia), na Arquidiocese de São Paulo.

Em nota, a Diocese de Blumenau expressou seu profundo pesar:

“Com imensa tristeza, comunicamos o falecimento de Dom Angélico Sândalo Bernardino… Unimo-nos em oração a todos os que compartilham deste momento de dor, especialmente familiares, amigos e fiéis que caminharam ao seu lado em sua vida e ministério.”

Uma vida dedicada à Igreja e à justiça social

Dom Angélico deixou um legado marcante na Igreja Católica no Brasil. Foi bispo auxiliar de São Paulo e, a partir de 2000, tornou-se o primeiro bispo da Diocese de Blumenau, onde atuou até 2009.

presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma mensagem emocionada, lembrando a trajetória do religioso:

“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento do querido Dom Angélico, homem que dedicou sua vida à solidariedade e ao amor ao próximo, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo.

Desde as greves operárias em São Paulo nas décadas de 70 e 80, até os momentos decisivos da redemocratização e da luta por justiça social, estivemos sempre juntos, defendendo a verdade e o bem comum.

Guardo com carinho as memórias desse grande amigo, que viveu com ternura e bondade. Sua lição, ‘Amai-vos e não armai-vos’, permanece como um legado para todos nós.

Dom Angélico esteve presente nos momentos mais significativos da minha vida: nos casamentos dos meus filhos, nos batizados dos meus netos e no meu matrimônio com Janja. Há poucos dias, nós o visitamos, num encontro repleto de afeto e boas lembranças.

Descanse em paz, companheiro. Minha solidariedade a todos os fiéis que acompanharam sua jornada.”