MORADIA DIGNA

Lula faz nova reunião para definir linha de crédito para reforma de casas

Em maio deste ano, o presidente já havia externado o desejo de lançar um programa voltado para população de baixa renda.

Foto: Divulgação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou alguns dos principais ministros do governo para discutir, nesta terça, 19, o lançamento de um programa de crédito para reforma de casas de pessoas de baixa renda. Em maio deste ano, o presidente já havia externado o desejo de lançar um programa voltado para população de baixa renda. Participaram da reunião, além dos ministros das Cidades, Jader Filho, o da Fazenda, Fernando Haddad e Rui Costa, da Casa Civil, os presidentes da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

“Além do Minha Casa, Minha Vida, nós vamos anunciar uma política de crédito para reforma de casa. A gente vai fazer esse programa porque a gente acha que é uma necessidade a gente dar chance para as pessoas que tem uma casinha, eu vi numa reportagem que o Brasil ainda tem 4 milhões de casas sem banheiro”, declarou o petista durante evento com prefeitos em Brasília.

Financiamento Imobiliário e Ampliação de Funding

Como forma de garantir ações desse tipo, no entanto, o governo também vem discutindo há algum tempo a ampliação do “funding” para o financiamento imobiliário no país. Para isso, é preciso ser estabelecido um teto em relação aos juros e uma porcentagem de recursos que sejam destinados exclusivamente para a habitação.

Recentemente, o Banco Central e as instituições financeiras têm na mesa diversas possibilidades para ampliar o “funding” para o financiamento imobiliário. As medidas discutidas vão desde a securitização das carteiras até uma revisão dos depósitos compulsórios sobre a poupança. O objetivo é driblar a tendência de queda estrutural do saldo da caderneta, que hoje é a principal fonte de recursos para o setor.

Em junho, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que espera anunciar em breve um novo modelo de financiamento para o setor imobiliário, que funcionará como uma ponte entre o sistema baseado na poupança e as fontes de mercado. Segundo ele, a questão da poupança “impõe ao Banco Central e ao sistema financeiro a busca por alternativas de funding”.

O desenho que o Banco Central gostaria de emplacar passa pelo desenvolvimento de um mercado secundário. As instituições financeiras venderiam pedaços de suas carteiras de crédito imobiliário “empacotados” na forma de certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Com isso, abririam espaço em seus balanços para fazer novas operações.