O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar Jorge Messias, atual advogado-geral da União (AGU), para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. A nomeação deverá ser oficializada nos próximos dias, e o indicado passará por sabatina no Senado antes de assumir.
A informação de que Lula já teria tomado essa decisão foi divulgada em primeira mão pelo colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, que afirma ter obtido a confirmação com ao menos cinco auxiliares e aliados do presidente. Ainda não há confirmação oficial.
Outros veículos de imprensa como o Diário do Centro do Mundo já repercutem a versão da indicação e mencionam que o nome de Messias já era visto como favorito desde o início do processo de escolha da vaga. O governo estaria trabalhando para garantir uma tramitação tranquila no Senado, contando com o bom trânsito de Messias entre parlamentares de diferentes partidos. Além disso, a Folha de S.Paulo informou que Lula já confidenciou a aliados sua intenção de fazer a indicação ainda esta semana.
A possível nomeação provocou divisões especialmente na bancada evangélica do Congresso: embora parte dos parlamentares encare o passo como estratégico para o governo, outros veem Messias como um “evangélico de esquerda” que pode não representar a ala mais conservadora do segmento. Alguns analistas também especulam que Lula pretende acelerar o anúncio para evitar desgaste ou articulações contrárias em torno da indicação.
Embora já haja forte movimentação política, até o momento não foi encontrado pronunciamento oficial da Presidência ou de outros integrantes do governo.Perfil e histórico de Jorge Messias
Jorge Rodrigo Araújo Messias é procurador da Fazenda Nacional desde 2007 e foi confirmado como Advogado Geral da União no atual mandato de Lula.
Ele tem 45 anos, e se confirmado no STF, pode permanecer no cargo até completar 75, conforme o regime de aposentadoria vigente.
Em suas manifestações jurídicas recentes, Messias criticou a “pejotização” e alertou para os riscos que ela imporia aos direitos dos trabalhadores, em discurso que chegou a ser registrado em audiência pública no STF. Ele também já publicou textos com críticas profundas a tendências autoritárias e ao ultraliberalismo.
Editado por Fábio Nóvoa