A Vale registrou lucro de R$ 12,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, queda de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, com impacto da queda no preço médio de venda de seu principal produto, o minério de ferro.
Pelo resultado, a mineradora anunciou a distribuição de cerca de R$ 8 bilhões em dividendos a seus acionistas. No ano, a empresa acumula lucro de R$ 20,2 bilhões, queda de 12% em relação aos primeiros seis meses de 2025.
“Entregamos mais um trimestre sólido, refletindo nosso foco na excelência operacional e na disciplina de execução”, afirmou o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, em comunicado distribuído ao mercado nesta quinta-feira (31).
A receita da companhia caiu 4% em relação ao segundo trimestre de 2024, para R$ 49,8 bilhões. O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa, caiu 8%, para R$ 19,1 bilhões. O preço médio de venda do minério de ferro da companhia caiu 13%, para US$ 85,1 por tonelada.
A produção de minério de ferro da companha cresceu 4%, para 83,5 milhões de toneladas, devido ao desempenho da mina de Brucutu, em Minas Gerais, e ao recorde de produção para um segundo trimestre no projeto S11D, no Pará.
A produção de pelotas foi de 7,9 milhões de toneladas, 12% abaixo do mesmo período do ano anterior. As vendas de minério de ferro caíram 3%, para 77,3 milhões de toneladas, com estratégia para priorizar produtos de teor médio.
Mas o desempenho no trimestre teve impacto positivo das operações de cobre e níquel da companhia, que compensaram parcialmente os menores preços do minério.
A produção de cobre subiu 18% no segundo trimestre, para 92,6 mil toneladas, atingindo o maior valor desde 2019. Já a produção de níquel cresceu 44%, para 40,3 mil toneladas, a maior para um segundo trimestre desde 2021.
NICOLA PAMPLONA