A balela do hacker
O
passeio sigiloso do hacker Walter Delgatti por Brasília, em reuniões com os
homens mais importantes do Governo, rende um script de filme de ficção de
espionagem. Foi balela para todo lado. Até os mais aloprados bolsonaristas
correram do pirata virtual que vazou os dados do Telegram de Deltan Dallagnol e Sergio Moro. Quem participou das
reuniões dele com Valdemar da Costa Neto, dono do PL, e com o presidente Jair
Bolsonaro, dentro do Palácio da Alvorada, conta que Delgatti ofereceu serviços
para influenciar na eleição. Teria contado que ajudou a burlar o resultado da
votação de 2018 e dado 10 milhões de votos para Fernando Haddad só no 1º turno.
E que poderia fazer o mesmo para o presidente. Ele não prosseguiu com o
esquema, segundo relatos, porque o PT não pagou mais. Em nenhum momento
apresentou provas da suposta fraude nem de esquema com o PT. Delgatti saiu às
pressas da capital, e o ônus da aproximação perigosa ficou com a deputada Carla
Zambelli (PL), que o descobriu em São Paulo.
Grande negócio
Ser suplente de
senador é grande negócio. Que o diga o senador Luiz Pastore (MDB-ES), suplente
de Rose de Freitas que assumiu com a licença dela. Ele gostou do que viu entre
os pares. Assim, resolveu ser o suplente da candidatura de Flávia Arruda (PL),
que disputa o Senado pelo DF com chances de vitória. Pastore tem patrimônio de
R$ 453 milhões, trabalha com importação e exportação, e uma vez suplente (ou
senador) tem entrada fácil em todas as embaixadas de países com os quais tem
negócios.
Curral ajuda Mourão
O arrendamento do
Campo de Instrução de Butiá (RS) para pecuária, como revelou a Coluna, caiu como feno saboroso no
pasto para os criadores de gados – e para o comitê de campanha do General
Hamilton Mourão, ex-comandante do Comando Militar do Sul. A investida do
Exército para reforçar o caixa aparece às vésperas da eleição e num clima de
insegurança nas fazendas, com série de roubo de gados para corte. Mourão é
candidato ao Senado e tenta atrair o apoio do agronegócio.
1 dia de folga
Cerca de dois
milhões de brasileiros vão trabalhar como mesários na eleição – em sua maioria
empregados, que ganham dois dias de folga. Mas o patronato grita contra, e
justifica. “Entendemos que folga compensatória deveria ser pelo igual período
de dias que o empregado ficou à disposição da Justiça Eleitoral”, diz o
presidente do Sindicato das empresas de Contabilidade/SP, Carlos Alberto
Baptista. O Sescon vai elaborar um PL e apresentar na Câmara para tentar mudar
a lei.
Deputado tem R$ 1.250
Candidato à
reeleição para deputado distrital no DF, Rodrigo Delmasso (Republicanos), que
mora num bom apartamento, declarou só R$ 1.250 de patrimônio. O franciscano
chamou a atenção na Receita, e explica à Coluna:
Seu carro é alugado, a casa é da sua esposa e quase todo o seu ganho é para
tratamento de uma filha com epilepsia.
Candidata sensação
Toda eleição no Brasil tem
candidatos com nomes engraçados nas urnas, para chamar a atenção. Mas desta vez
a sensação vem dos debates nas TVs. Trata-se da professora Lourdes Melo (PCO),
que disputa o Governo do Piauí. Ela esquece nomes dos adversários, interpela
mediador com provocações e chama o presidente do TSE, ministro Alexandre de
Moraes, de “cabeça de ovo”. Não ganha, mas diverte.
ESPLANADEIRA
# Editora
SESI SP lança hoje Vol.II do livro “A Reforma da Tributação das Empresas”,
na sede da FIESP.
# Colégio Marília
Mattoso, de Niterói, mostra desempenho acima da média mundial no PISA for
School (PISA-S).
# Editora Newton lança
II Vol. de e-Book “Impactos do coronavírus no Direito: diálogos, reflexões e
perspectivas contemporâneas”.
# CAPEMISA
Seguradora completa 62 anos com receita recorde de R$ 198 milhões no 1º
semestre.
# Matrix Editora lança “Ideologia:
Uma Para Viver” que reúne artigos
de estudiosas como Juliana Fratini, Helcimara Telles e Vera Chaia.
Colaboraram
Walmor Parente, Carolina Freitas, Sara Moreira e Izânio Façanha (charge)