A Polícia Civil pediu nesta terça-feira a apreensão de uma adolescente suspeita de envenenar Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que morreu após consumir um bolo de pote no último domingo, em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, a jovem, que também é menor de idade, foi ouvida e confessou ter entregue à vítima o doce com uma substância tóxica.
De acordo com um amigo de Ana Luiza, o bolo de pote foi entregue com um bilhete às 17h do último sábado, e consumido logo em seguida. Pouco tempo depois, Ana passou mal e foi levada ao hospital. No dia seguinte, o quadro se agravou e ela não resistiu.
Inicialmente, a jovem foi socorrida pelo pai e levada ao hospital, onde recebeu diagnóstico de intoxicação. Em nota, a unidade de saúde informou que Ana Luiza sofreu uma parada cardiorrespiratória cerca de 20 minutos antes de chegar à unidade. “Ela encontrava-se cianótica, com hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração”, detalhou o comunicado.
O caso foi registrado na delegacia de Itapecerica da Serra pelo amigo da vítima, já que os pais da jovem estavam sem condições emocionais para comparecer à DP.
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De acordo com o g1, a Ana Luiza chegou a enviar um áudio para um grupo de amigos para tentar descobrir quem tinha mandado o “presente”, já que o bilhete que acompanhava o bolo de pote não estava assinado. A mensagem mostrou que a jovem estava feliz e envaidecida pelo envio anônimo do doce. No áudio, Ana Luiza diz, em tom muito delicado, que estava grata com a surpresa carinhosa e gostaria de saber qual dos amigos havia enviado para a casa dela o produto.
Confeitaria se manifesta sobre o caso
Nas redes sociais, a responsável pela confeitaria que produziu o bolo afirmou que a entrega foi feita por um motoboy que não possui vínculo com a empresa, e negou qualquer envolvimento no possível envenenamento. “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento da jovem, ocorrido no dia 1º de junho”, diz o comunicado publicado nas redes sociais. Em respeito à família e ao momento de luto, a empresa suspendeu as atividades durante o dia de ontem.
Na nota, a confeitaria reiterou que “não foi responsável pela entrega do produto à adolescente”. O comunicado informou que uma pessoa “adquiriu o produto na loja como se fosse para consumo próprio, levando este para outro lugar que ainda é desconhecido.”
Investigações sobre a morte de Ana Luiza
A Secretaria da Segurança Pública informou que as investigações estão em andamento para apurar a causa da morte e esclarecer todas as circunstâncias do caso. O velório e o sepultamento de Ana Luiza aconteceram no Cemitério Municipal Recanto do Silêncio, Centro de Itapecerica.
