Após descumprir o prazo estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para o envio de dados sobre a comitiva brasileira que representaria o país nos Jogos de Paris, o governo Lula conseguiu uma credencial para que a primeira-dama Janja Lula da Silva representasse o presidente na abertura da Olimpíada na capital francesa.
A 15 dias do evento, o petista comunicou que não participaria da cerimônia e que mandaria Janja em seu lugar. A decisão gerou provocou um corre-corre no governo para providenciar o credenciamento de Janja. Na última segunda-feira, houve até um pedido ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) para que desse “uma força” no sentido de agilizar o processo. A obtenção do documento ocorreu com apoio do COB e do Itamaraty.
Janja estará na tribuna de honra junto ao presidente da França, Emmanuel Macron, à primeira-dama Brigitte Macron e a outros chefes de Estado na cerimônia de abertura. Ela não será a única a primeira-dama a cumprir esse papel. Jill Biden também estará na cerimônia em nome do presidente americano Joe Biden.
A previsão é que Janja chegue em Paris no dia 25, véspera do evento. Ela também deve realizar algumas ações voltadas para a Aliança Global Contra a Fome e contra a Pobreza, principal pauta do mandato brasileiro no G20.
Na segunda-feira, no X, Lula afirmou ter conversado Macron sobre as eleições legislativas na França e a “importância da derrota da extrema-direita pelo bloco democrático”. O presidente também desejou sucesso para as Olimpíadas.
Antes de embarcar para a capital francesa, Janja esteve nesta terça-feira no Rio, na apresentação do Relatório Nacional Voluntário (RNV), elaborado pela Secretaria-Geral da Presidência da República. A primeira-dama ela foi indicada pelo ministro-chefe da pasta, Márcio Macêdo, como embaixadora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) no Brasil, para oficializar sua participação nas discussões governamentais sobre o tema. Janja fez críticas à atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro na área social
– Foi com com muita perplexidade que vi o último governo se dedicar a destruir todos os avanços da agenda 2030. Destruíram políticas públicas essenciais para o alcance da maioria dos ODSs. Tentaram destruir tudo liberando a boiada para passar – avaliou.
O termo ODS se refere a um conjunto de medidas elaboradas pela ONU para proteção do meio ambiente, diminuição da pobreza e melhora da qualidade de vida na sociedade, em nível global. Entre as ações do governo citadas pro Macêdo para alcançar as metas estão o Bolsa Família, para ação para a erradicação da pobreza, o Programa Brasil sem Fome, para o ODS que trata da “fome zero”, e as Farmácias Populares e o fortalecimento do SUS, como medidas para a área da saúde e bem-estar.
Texto de: Alice Cravo
BRASÍLIA (AG) –