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Israel amplia invasão na Faixa de Gaza

Israel amplia invasão na Faixa de Gaza Israel amplia invasão na Faixa de Gaza Israel amplia invasão na Faixa de Gaza Israel amplia invasão na Faixa de Gaza
O cessar-fogo será estendido. 
FOTO: divulgação
O cessar-fogo será estendido. FOTO: divulgação

Folhapress

 

Os bombardeios e a expansão das ações terrestres de Israel em Gaza continuaram neste domingo (29), mas os cerca de 2,3 milhões de moradores do território palestino tiveram um pequeno alívio com o fim do blecaute total nas comunicações. Por volta das 4h locais (22h de sábado em Brasília), a conectividade começou a voltar espontaneamente, disse Abdulmajeed Melhem, diretor-executivo da Paltel, a principal empresa palestina de telefonia.

A retomada do sinal de internet e das linhas telefônicas, ainda que parcial, encerrou um período de cerca de 34 horas, desde a noite de sexta-feira (27), em que Gaza ficou sem nenhuma conexão interna e com o exterior, após uma série de ataques israelenses. Era impossível pedir ajuda a serviços de emergência, e equipes de paramédicos saíam com suas ambulâncias na direção de onde ouviam explosões, em uma tentativa às cegas de encontrar feridos.

Várias organizações internacionais, como o Crescente Vermelho e agências da ONU, também afirmaram que haviam perdido contato com o seu pessoal na região.

A Paltel informou que não fez nenhum reparo em sua estrutura e não tinha como explicar de que forma a internet foi reativada. Para o diretor Melhem, Tel Aviv foi responsável tanto pelo corte quanto pela reativação do serviço. Funcionários do governo israelense procurados pelo The New York Times não quiseram comentar a acusação. Representantes dos EUA teriam cobrado Israel a fazer o possível para restaurar as comunicações em Gaza o quanto antes.

O fornecimento de água também foi restaurado de forma parcial. Israel anunciou que reabriu o segundo dos três dutos que abastecem Gaza –o primeiro havia sido reaberto na semana passada, mas com volume reduzido. Cerca de 28,5 milhões de litros voltarão a estar disponíveis no território palestino. Segundo as autoridades israelenses, a quantia é suficiente para atender às necessidades humanitárias de Gaza. Antes do início da guerra, eram fornecidos 49 milhões de litros para o território.

Em outra frente, 47 caminhões foram autorizados a entrar pela passagem de Rafah com água, comida e medicamentos. Foi o maior comboio em um só dia desde que Israel e Egito chegaram a um acordo para liberar o ingresso de ajuda humanitária, no dia 21, mas o volume ainda é insuficiente ante a demanda da população, segundo organizações.

As medidas tomadas neste domingo indicam uma flexibilização, ainda que tímida, do cerco prometido pelo governo israelense dias após o Hamas conduzir a série de atentados terroristas em solo vizinho. No dia 12, o ministro da Energia, Israel Katz, escreveu no X, antigo Twitter: “Ajuda humanitária para Gaza? Nenhum interruptor será ligado, nenhuma bomba d’água funcionará e nenhum caminhão com combustível entrará até que os reféns israelenses voltem para casa.”