
O Ministério da Saúde confirmou, na tarde desta quinta, 2, que o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil subiu para 59. Desse total, 12 ocorrências foram confirmadas laboratorialmente, enquanto 47 permanecem em investigação. Até o momento, há a confirmação de uma morte.
São Paulo tem cinco mortes por intoxicação com o produto químico, mas até agora, apenas um laudo foi conclusivo, sobre o que provocou a contaminação. Os demais óbitos continuam sendo investigados. O Ministério da Saúde informou nesta quinta, 2, que subiu para 59 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil. Do total, 12 já foram confirmados em exames laboratoriais e 47 seguem em investigação.
São Paulo é o estado que concentra a maior parte das notificações, um total, até o momento, de 53. Pernambuco contabiliza cinco ocorrências e o Distrito Federal um caso – o do rapper Hungria, que está internado com suspeita de intoxicação. O caso de Hungria chama a atenção, uma vez que ele comprou uma garrafa de vodca em uma distribuidora de bebidas muito frequentada em uma região administrativa populosa do Distrito Federal.
O caso de Hungria está em fase de apuração, o mesmo acontecendo com três casos na capital paulista, dois em São Bernardo do Campo (SP), além de registros em cidades como João Alfredo e Lajedo (PE).
RECOMENDAÇÕES
Diante do avanço dos episódios, o Ministério da Saúde emitiu recomendações para a população sobre como agir em casos de suspeita. Os primeiros sintomas da intoxicação podem ser confundidos com uma embriaguez comum, como fala arrastada e reflexos lentos.
No entanto, entre 12 e 24 horas após a ingestão, quando o organismo já metabolizou a substância (processo químico pelo qual o corpo a transforma em outras substâncias) surgem sinais mais graves, como náuseas, vômitos, tontura, dor abdominal, fraqueza, alterações no sistema nervoso central e até perda de visão – uma das marcas mais características da contaminação por metanol. Em quadros mais severos, as complicações podem evoluir para óbito.
A principal orientação é procurar atendimento médico imediato e informar o consumo de bebida alcoólica, relatando detalhes como local, tipo de produto ingerido, presença ou não de rótulo nas embalagens e horário da ingestão.
O metanol, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), é um álcool líquido à temperatura ambiente, utilizado como insumo na indústria química, na produção de adesivos, solventes, pisos e revestimentos. Devido à sua toxicidade e ao risco de adulteração de combustíveis, sua comercialização é rigidamente controlada pela agência. A substância não pode ser adicionada a bebidas, já que mesmo pequenas doses representam alto risco à saúde humana, embora apareça em concentrações muito baixas em alguns processos naturais de fermentação.