REAÇÃO

Indiciado pela PF, padre defende frei Gilson e chama críticos de 'pistoleiros'

Ele defendeu as posturas de frei Gilson, incluindo declarações polêmicas do religioso, como a afirmação de que a mulher é “auxiliar” do homem

11/03/2025 09:44

O sacerdote, além de sua notoriedade, já protagonizou declarações contraditórias que lhe renderam críticas de grupos políticos mais à esquerda

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que foi anteriormente indiciado pela Polícia Federal (PF) no chamado inquérito do golpe, saiu em defesa de frei Gilson, sacerdote da Ordem do Carmo, que tem sido alvo de ataques de setores da esquerda.

Nas redes sociais, José Eduardo defendeu as posturas de frei Gilson, incluindo declarações polêmicas do religioso, como a afirmação de que a mulher é “auxiliar” do homem dentro de um relacionamento.

O padre comentou:
“O esperneio contra frei Gilson é porque ele disse que a mulher é ‘auxiliar’. Fora de contexto, o texto soa mal, mas é só o comentário de Gênesis 2,20, que chama a mulher de ‘ezer’, que significa ‘auxiliar’. Já viram maior obscenidade que um frei comentando a Bíblia?”.

José Eduardo, que escapou de ser denunciado pelo procurador-geral Paulo Gonet no inquérito do golpe, também criticou aqueles que atacam frei Gilson por sua postura conservadora, chamando-os de “pistoleiros”. Ele escreveu:
“Aviso aos pistoleiros: vocês acham que vão desidratar o rosário da madrugada? Ledo engano! Frei Gilson não prega frei Gilson, ele prega a Palavra! Vocês estão ajudando, e muito, na divulgação. Valeu, galera! Nos vemos às 4h”.

Indiciado pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva foi acusado de repassar via WhatsApp uma espécie de “oração ao golpe”, na qual pedia a todos os brasileiros que incluíssem em suas preces os nomes de militares que poderiam se envolver na trama.

O que frei Gilson disse no Dia da Mulher

O sacerdote, além de sua notoriedade, já protagonizou declarações contraditórias que lhe renderam críticas de grupos políticos mais à esquerda. No Dia Internacional da Mulher, celebrado no último sábado, 8 de março, ele afirmou que a “fraqueza feminina” seria “sempre querer mais”.

“Essa é a fraqueza da mulher. Ela sempre quer mais. ‘Não me contento apenas com as qualidades de ser mulher. Quero mais’. E isso reflete a ideologia dos tempos atuais. Vou usar uma palavra que vocês já ouviram bastante: empoderamento. ‘Eu quero mais’. É evidente que Deus concedeu ao homem a liderança”, declarou.

Por outro lado, suas falas e posicionamentos têm sido bem recebidos por figuras conservadoras e associadas à extrema-direita. Nesta segunda-feira, 10 de março, ele foi homenageado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro chegou a publicar uma foto do líder religioso em seu perfil no Instagram, destacando que ele tem se tornado, cada vez mais, um “fenômeno de oração”.

Assuntos