A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira uma operação contra um esquema de fraudes envolvendo benefícios assistenciais destinados a idosos. Conforme investigação, o grupo criminoso usava dados de idosos, como impressões digitais e fotos, para criar identidades falsas e obter os benefícios. A corporação calcula que a ação gerou prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos.
A investigação identificou que uma organização falsificava documentos públicos e abria contas bancárias para obter benefícios de forma indevida, além de realizar empréstimos consignados. O grupo fazia a ação com dados de “idosos de aluguel”, conforme a PF.
Esses idosos emprestavam suas impressões digitais e fotos para o grupo. Alguns chegaram a figurar em mais de 30 identidades, conforme a PF. Até o momento, foram identificados 21 “idosos de aluguel”, que tiraram cerca de 285 CPFs e Títulos Eleitorais com as identidades falsas.
Com estes documentos, segundo a polícia, “o grupo criminoso conseguiu abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e obter aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso”.
Em janeiro, a polícia realizou a primeira fase desta operação, quando prendeu três pessoas e apreendeu celulares, documentos falsos, cartões de benefícios, extratos bancários e anotações.
“A análise dos bens apreendidos indicou a aquisição de bens e movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados, com indícios de lavagem de capitais. Também foi possível identificar novos benefícios fraudados e outros atores envolvidos no esquema”, informou.
Mesmo após a primeira fase da operação, a polícia constatou que o grupo continuou realizando novos saques de benefícios irregulares. Por isso, a PF cumpriu nesta quinta mandados contra 16 novos investigados nos estados do Piauí, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
Texto de: Sarah Teófilo (AG)