PRAZO

Horário de verão: empresas aéreas pedem 180 dias para medida entrar em vigor

 As companhias aéreas cobram do governo uma definição em relação ao horário de verão, para tentar evitar maiores transtornos para os passageiros.

 As companhias aéreas cobram do governo uma definição em relação ao horário de verão, para tentar evitar maiores transtornos para os passageiros. 
FOTO: celso rodrigues
 As companhias aéreas cobram do governo uma definição em relação ao horário de verão, para tentar evitar maiores transtornos para os passageiros. FOTO: celso rodrigues

 As companhias aéreas cobram do governo uma definição em relação ao horário de verão, para tentar evitar maiores transtornos para os passageiros. Em nota conjunta divulgada nesta terça terça-feira, as entidades representativas da aviação civil alertam para o impacto da medida de forma tempestiva para os voos, principalmente na alta temporada e nas festas do final de ano.

Para o setor, as empresas precisariam de um prazo mínimo de 180 dias para adaptar as malhas aéreas.

“As empresas aéreas precisam de um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de estabelecimento do horário de verão e o efetivo início da mudança do horário”, diz a nota assinada pela a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB).

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que uma decisão seria tomada em dez dias. A expectativa é que o horário de verão entre em vigor depois do segundo turno das eleições, no final de outubro, o governo decida pela medida, defendida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo a nota, o anúncio do horário de verão “de forma tempestiva e sem prazo suficiente pode ter impactos substanciais para os passageiros e comprometer a conectividade do país”.

O texto cita que o horário de verão exigirá das empresas alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Como conseqüência, haverá mudanças na hora de saída e de chegada dos voos, podendo gerar perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia.

Na nota, o setor alerta ainda sobre impactos no custos das empresas, em caso de perda de slots (horário de pouso e decolagem) nos aeroportos mais movimentados.

“A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano.”

Texto de: Geralda Doca (AG)