Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, investigado por mutilar um cavalo em Bananal (SP), afirmou que estava sob efeito de álcool no momento do crime e se disse arrependido. O caso ocorreu na tarde de sábado, 16 de agosto, em uma área rural do município, e o animal acabou morrendo.
Em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, Andrey reconheceu a gravidade do ato. “Foi um ato cruel. Em um momento de embriaguez e transtorno, peguei e cortei por cortar. Não é culpa da bebida, é minha responsabilidade. Eu reconheço meus erros”, declarou. Ele também negou ter mutilado o cavalo ainda vivo, afirmando que os cortes ocorreram depois da morte do animal.
Investigação e Defesa do Acusado
O jovem se defendeu das críticas recebidas nas redes sociais, onde usuários questionaram se o cavalo estava vivo durante a mutilação. “Estão me acusando de algo que não fiz. Muitas pessoas dizem que eu sou um monstro. Não sou. Nasci e cresci no meio de animais, trabalho com boi e cavalo, tenho o apelido de boiadeiro”, disse, acrescentando que se sente arrependido pelo ocorrido.
A Polícia Civil investiga Andrey por maus-tratos a animais. Ele e uma testemunha prestaram depoimento na segunda-feira (18) e foram liberados. As diligências continuam para esclarecer se o cavalo ainda estava vivo no momento da mutilação. A Polícia Militar Ambiental e veterinários também participam da investigação, mas, devido à posição do corpo, não foi possível determinar se o animal estava vivo quando as patas foram cortadas. Uma nova perícia está prevista.
Repercussão e Consequências Legais
O caso repercutiu nas redes sociais e gerou manifestações de artistas, como Ana Castela e Paolla Oliveira, que pediram punição ao responsável. A Prefeitura de Bananal emitiu nota afirmando que repudia qualquer ato de crueldade contra animais e que o caso foi encaminhado à Polícia Civil e à Polícia Ambiental.
No Brasil, maus-tratos a animais são considerados crime, conforme a Lei nº 9.605/1998. A pena varia de três meses a um ano de detenção, além de multa, podendo ser aumentada de um sexto a um terço se houver morte do animal. Como o cavalo morreu, a condenação pode chegar a até 1 ano e 4 meses de detenção.