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Governo quer protocolo para escolas

Governo quer protocolo para escolas Governo quer protocolo para escolas Governo quer protocolo para escolas Governo quer protocolo para escolas
Ministro Camilo Santana anuncia que MEC vai mapear a violência nas escolar para tomar decisões

FOTO: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Ministro Camilo Santana anuncia que MEC vai mapear a violência nas escolar para tomar decisões FOTO: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Paula Ferreira/Agência Globo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja um protocolo para orientar todas as escolas do país sobre como responder a ataques violentos. O Executivo também quer criar um Disque Denúncia específico para casos de violência nas escolas.

Essas foram as primeiras medidas discutidas pelo grupo de trabalho interministerial criado para enfrentar o tema da violência nas escolas. Na quarta-feira, o governo federal anunciou a criação da equipe como uma reação aos ataques que ocorreram em instituições de ensino nas últimas semanas.

O grupo vai concluir os trabalhos em 90 dias, quando apresentará uma Política Nacional de Enfrentamento à violência nas escolas. Os membros da força-tarefa vão se reunir semanalmente para definir as diretrizes que serão adotadas pelo governo. A equipe também pretende expandir as iniciativas para o ensino superior. A pasta vai convidar entidades e especialistas para participar da elaboração da diretriz.

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, o MEC vai encomendar uma ampla pesquisa para mapear a violência nas escolas a fim de subsidiar as decisões do governo. O grupo pretende lançar editais de incentivo a iniciativas que promovam a cultura de paz nas escolas.

“Teremos ações mais urgentes, a médio prazo e longo prazo. Estamos discutindo a possibilidade de um disque denúncia específico para violência nas escolas. Criar canal direto, específico. É importante as pessoas se anteciparem”, explicou Camilo Santana.

CONFLITOS

O MEC também pretende focar sua ação na formação de professores para mediação de conflitos de forma que possam atuar de maneira preventiva. A pasta também quer envolver estados e municípios nas ações e avalia a possibilidade de repassar recursos via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para incentivar ações de combate à violência.

“Há estudos e relatórios sobre construir um protocolo nas escolas não só publicas, mas também privadas. Vamos pensar em formas de construir esse protocolo para a questão da violência nas escolas”, afirmou Santana.

Além do ministro da Educação, Camilo Santana, participaram da primeira reunião do grupo nesta quinta as ministras da Saúde, Nísia Trindade; do Esporte, Ana Moser; o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli.

“Temos um programa criado em 2003 que é o programa Saúde na Escola. Queremos fortalecê-lo nessa visão abrangente de prevenção e trabalhar com foco na juventude. Estamos vendo como contribuir para o acolhimento tanto das vítimas da escola, seus familiares e a comunidade escolar”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.