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Governo decreta estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária

Decisão se deve aos novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária FOTO: NEY MARCONDES/arquivo
Decisão se deve aos novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária FOTO: NEY MARCONDES/arquivo

Geralda Doca e Manoel Ventura/Agência Globo

O Ministério da Agricultura e Pecuária decretou, na noite desta segunda-feira, estado de emergência zoossanitária, após a descoberta de novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a gripe aviária, no país. A duração do estado de emergência é de 180 dias, podendo ser prorrogado por prazo indeterminado.

No sábado foram confirmadas mais duas ocorrências da doença, elevando o número de casos em aves silvestres para cinco. Não há registro em humanos. Os primeiros casos foram registrados no Espírito Santo, e novas ocorrências aconteceram no estado do Rio de Janeiro.

Será criado o comitê de Organização de Emergência, que vai funcionar no Ministério com objetivo de concentrar esforços entre todos os entes da federação para aumentar a vigilância.

A pasta já tinha proibido a realização de feiras de exposição de aves, diante do surgimento de casos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que nada muda para o consumidor. A principal recomendação para a população é evitar manipular alguma ave morta e chamar as autoridades competentes.

“O consumidor pode continuar consumindo carne e ovos de aves sem problemas”, afirmou o ministro ao GLOBO.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou em nota que os focos identificados são de aves silvestres e a descoberta dos casos da doença não deve afetar as exportações. “O Brasil segue reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), já que a produção comercial segue sem qualquer registro”, diz a entidade, acrescentando que as autoridades brasileiras devem prestar o devido esclarecimento aos países importadores.

“Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos, ao mesmo tempo em que a ABPA lembra que, segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos”, informa a entidade.