O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do The Intercept Brasil, se pronunciou publicamente nesta sexta-feira (30) após a circulação de um vídeo íntimo nas redes sociais, em que aparece vestido com uma fantasia sensual de empregada doméstica, em um contexto de dominação verbal por um homem não identificado.
Em nota publicada no X (antigo Twitter), Glenn confirmou ser o protagonista das imagens, denunciou o vazamento como criminoso e afirmou que o conteúdo foi divulgado sem seu consentimento, com motivações políticas.
“Ontem à noite, foram divulgados vídeos online que retratam comportamentos da minha vida privada. Alguns foram distorcidos e outros não. Foram publicados sem o meu conhecimento ou consentimento e, por isso, a sua publicação foi criminosa”, escreveu.
Greenwald enfatizou que os atos retratados ocorreram entre adultos e de forma consensual, e que a exposição não afeta sua integridade pessoal ou profissional.
“Os vídeos retratam atos íntimos de adultos em suas vidas privadas. Todos eles demonstram um comportamento totalmente consensual, sem prejudicar ninguém. Obviamente, pode ser desconfortável e desagradável quando o seu comportamento privado é tornado público contra a sua vontade.”
Vazamento com Motivação Política
O jornalista afirmou ainda que a divulgação do material faz parte de um ataque coordenado contra seu trabalho jornalístico. Segundo ele, os responsáveis estão sendo identificados.
“Embora ainda não saibamos exatamente quem é o responsável, estamos perto de saber, e o motivo foi maliciosamente político”, afirmou.
“O único erro aqui é a publicação criminosa e maliciosa dos vídeos para promover uma agenda política.”
Greenwald, que ficou viúvo em 2023 com a morte do ex-deputado federal David Miranda, destacou que o episódio não afetará sua atuação profissional.
“Continuarei exercendo todas as vertentes do meu jornalismo, perseguindo as causas mais importantes para mim, exatamente como antes.”