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Em uma recente entrevista ao jornal britânico Metro, o ex-prodígio do fisiculturismo, Sandrak, compartilhou detalhes perturbadores sobre sua infância, marcada por disciplina severa e abusos físicos e emocionais. Nascido na Ucrânia e criado na Pensilvânia, nos Estados Unidos, Sandrak começou sua jornada de treinamento físico desde muito jovem, sob a supervisão rigorosa de seus pais.
À medida que sua fama crescia, também surgiam questionamentos sobre as práticas de treinamento que ele era forçado a seguir. Com apenas 32 anos, Sandrak decidiu romper o silêncio e expor a realidade dolorosa que viveu durante seus anos formativos. Ele afirmou que a rotina extenuante de exercícios e a dieta restritiva imposta por seu pai, Pavel, eram apenas a ponta do iceberg.
“Quando as pessoas falam sobre suas lembranças de infância, geralmente se referem a momentos felizes. Para mim, isso é diferente. O abuso físico e emocional que eu sofria diariamente era uma norma”, declarou Sandrak. Sua rotina diária incluía sessões de treino que poderiam se estender por até uma hora, acompanhadas de uma alimentação controlada para manter sua musculatura.
O controle exercido por seu pai não se restringia apenas ao treinamento; ele também privou Sandrak da convivência com outras crianças, optando pela educação domiciliar. “Meu pai frequentemente demonstrava explosões de raiva. O que deveria ser uma sessão normal de treino muitas vezes se transformava em uma experiência angustiante e prolongada”, acrescentou.
Ele relembrou um episódio marcante em que foi submetido a um treino excessivo que durou 12 horas, o qual deixou marcas profundas em sua psique. “Nunca esqueci aquele dia; foi extremamente perturbador e emocionalmente desgastante”, confessou.
As exigências físicas impostas eram tão intensas que ele realizava exercícios enquanto assistia a filmes, algo que se tornou comum em sua vida. “Essa era a minha realidade. Eu não tinha outro parâmetro para comparar; meus amigos não passavam pela mesma situação”, explicou.
Sandrak também revelou que seu pai não hesitava em recorrer à violência física como forma de controle: “Eu sofri abusos físicos. Aprendi desde cedo a suportar as dores sem reclamar e a continuar fazendo o que me mandavam”.
Após anos de sofrimento sob o jugo do pai, a vida de Sandrak começou a mudar quando ele decidiu buscar ajuda. Em um ato corajoso, ele entrou em contato com os serviços de emergência e denunciou os abusos sofridos. “Foi um momento decisivo na minha vida. A partir desse instante, respirei um ar fresco”, afirmou ele, refletindo sobre como essa ação transformou seu destino.
O relato de Sandrak é um testemunho poderoso sobre os efeitos do abuso e as complexidades das dinâmicas familiares, ressaltando a importância de reconhecer e confrontar essas realidades sombrias.