Luiza Mello
O comando pede ainda que o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) higienize o local e que o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) atue na organização do trânsito.
“Em virtude de manifestações e aglomerações de pessoas em grande escala, ocorridas nos últimos dias e sem previsão de término, solicito à Secretaria de Segurança Pública verificar a possibilidade de não autorizar a entrada de ‘trio elétrico’ no Setor Militar Urbano”, diz trecho do ofício. O órgão ressalta ainda que visa contribuir para a “manutenção da ordem na área militar”.
Os manifestantes estão realizando atos antidemocráticos desde o dia 30 de outubro, quando o resultado das eleições presidenciais deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Distante oito quilômetros da Praça dos Três Poderes, o QG faz parte de um complexo de instalações militares que incluem quartéis de unidades diferentes e residências de oficiais e ocupam o Setor Militar Urbano (SMU), no Plano Piloto de Brasília.
Desde a última segunda, 31, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, está fechada para veículos. Órgãos da segurança pública do GDF identificaram o risco de que caminhoneiros e manifestantes antidemocráticos invadissem a área para acampar em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.
Na capital mineira, apoiadores de Bolsonaro manifestantes seguem em frente ao Batalhão do Exército Brasileiro, na avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte. O ato antidemocrático está prejudicando a vida e rotina de pessoas que moram na região há 8 dias. Ontem pela manhã, o trânsito chegou a ser totalmente bloqueado, sendo liberado somente com a intervenção da Polícia Militar.
As interdições e bloqueios na região se tornaram um obstáculo para os moradores e trabalhadores que dependem diariamente da via, uma das principais da capital mineira. Indiferentes aos incômodos provocados aos moradores, os bolsonaristas não parecem se importar e continuam acampados e usando cadeiras de praia para promover confraternização regada por muita cerveja e churrasco.
Em clima de “férias”, os apoiadores de Jair estão atrapalhando a educação de crianças e adolescentes numa escola em frente ao local onde estão acampados em Belo Horizonte. O Colégio Maria Clara Machado, na avenida Raja Gabaglia, precisou acionar o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por causa do barulho provocado pelos manifestantes, que atrapalham as aulas.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro continua recluso no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. No final de semana ele não saiu de dentro do palácio. Ele não tem ido trabalhar e não gravou sua tradicional “live” de quinta-feira.