Estado da Praça Waldemar Henrique ofende a memória do maestro

Espaço, que deveria ser uma opção de lazer para a população, está tomado de lixo, com monumentos e equipamentos vandalizados, afastando visitantes, além de servir de abrigo para moradores de rua Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.
Espaço, que deveria ser uma opção de lazer para a população, está tomado de lixo, com monumentos e equipamentos vandalizados, afastando visitantes, além de servir de abrigo para moradores de rua Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Diego Monteiro

O DIÁRIO esteve na Praça Waldemar Henrique, no bairro do Reduto, em Belém, e recebeu reclamações quanto à atual condição do espaço. Destacam-se o estado precário do brinquedo em formato de violão destinado às crianças, lixo por toda parte, estruturas danificadas, monumentos pichados, entre outros problemas.

Josué Nunes, 27 anos, considera que devido à localização próxima a diversos pontos turísticos da cidade, a revitalização desse espaço representaria mais uma alternativa de lazer para os moradores da região. Outro detalhe levantado pelo administrador é a intensa movimentação de pessoas em situação de rua, que alguns usam o logradouro para abrigo e outros para consumo de drogas ilícitas.

“Esses fatos acabam afastando as pessoas deixando a praça completamente abandonada”, opina Josué. “Não podemos esquecer que esse problema da Waldemar Henrique é crônico e persiste há muito tempo. Como eu trabalho próximo, todos os dias eu preciso passar por aqui, então posso dizer que conheço de perto essa triste realidade e que não é frequentado por ninguém por falta de cuidado”.

Espaço, que deveria ser uma opção de lazer para a população, está tomado de lixo, com monumentos e equipamentos vandalizados, afastando visitantes, além de servir de abrigo para moradores de rua. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Há dois meses o jornal esteve no local e os mesmos problemas persistem e se somam a outros. O monumento que contém os traços do maestro que leva o nome da praça no formato de efígie, assim como as esculturas Matintaperera, o Boto, a Iara, o Caboclo Falador, o Uirapuru, os Bois, entre outros, estão vandalizados.

João Figueiredo, 47, que é músico, lamenta o cenário. “Estamos diante de um local que foi criado para homenagear um grande maestro, pianista, escritor, compositor e uma grande referência para os paraenses e brasileiros. Mas infelizmente não tem sido cuidado como deveria e acaba ficando um espaço esquecido. A pergunta que fica é: será que até o dia da COP essa praça receberá os devidos cuidados?”, completa.

RESPOSTA

A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informou, em nota, que iniciou um processo de licitação específico para reformas e revitalização de praças. O órgão já começou a reforma da Praça Batista Campos, da praça Dom Mário de Miranda Vilas Boas, Dom Alberto Ramos e Castanheiras. “Em breve a praça Waldemar Henrique irá receber uma grande manutenção”, garante a nota.