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O sonho americano nunca pareceu tão próximo para os engenheiros brasileiros. Um estudo recente da AG Immigration revelou que engenheiros do Brasil podem ganhar até R$ 1 milhão por ano nos Estados Unidos, uma cifra que destaca a valorização desses profissionais no mercado internacional.
O Brasil se destaca como um dos principais exportadores de engenheiros para os EUA. Em 2022, a formação em engenharia foi predominante entre os brasileiros contratados por empresas americanas. A remuneração atraente é a principal motivação para essa mudança de ares, com a promessa de salários significativamente mais altos do que os oferecidos no mercado nacional.
A pesquisa da AG Immigration, que analisou 29 áreas da engenharia, constatou que o salário médio de um engenheiro nos EUA é de R$ 43,2 mil mensais, contra R$ 9 mil no Brasil. Anualmente, a diferença é ainda mais expressiva: enquanto um engenheiro nos EUA pode ganhar R$ 518,9 mil, no Brasil, o valor fica em torno de R$ 108,7 mil.
Nos EUA, os maiores salários são para engenheiros de voo, com R$ 94 mil mensais, seguidos por engenheiros navais e de petróleo, com R$ 68 mil e R$ 59,5 mil, respectivamente. No Brasil, os engenheiros aeronáuticos lideram com R$ 15,8 mil mensais, seguidos por engenheiros de minas e navais.
Leda Oliveira, CEO da AG Immigration, destaca o aumento na procura por engenheiros interessados em imigrar para os EUA. O processo, muitas vezes, requer a revalidação do diploma, mas é considerado mais simples do que o exigido para outras áreas, como a saúde. Engenheiros do Brasil, Índia e China são os mais ativos nesse movimento migratório.
Muitos engenheiros brasileiros encontram oportunidades em consultorias, cargos executivos e no setor de tecnologia, especialmente como programadores e gestores de projeto, onde a revalidação do diploma não é necessária. A sólida formação matemática dos engenheiros brasileiros é um diferencial competitivo nesses campos.
A pesquisa aponta que, em média, um engenheiro nos EUA ganha R$ 424 mil a mais por ano do que seu equivalente no Brasil. A maior diferença salarial é para engenheiros de voo, com uma diferença anual de quase R$ 1 milhão.