A Hapvida (HAPV3) prestou alguns esclarecimentos ao mercado na noite da última quarta-feira (8) e informou que está avaliando alternativas para fortalecer sua estrutura financeira, o que inclui a possibilidade de realizar um aumento de capital por meio de emissão de novas ações. Após esse comunicado, as ações fecharam em queda de 33,56%, a R$ 1,94 no dia seguinte.
Desta forma, o valor de mercado da companhia passou de R$ 20,86 bilhões para R$ 13,86 bilhões em apenas um pregão, o que levou a Hapvida a uma derrocada de R$ 7 bilhões.
Segundo o site InfoMoney, na véspera, a operadora de planos de saúde informou em comunicado ter concluído a liquidação financeira de sua recente emissão de debêntures, no valor de R$ 750 milhões, ao custo da dívida de CDI+1,70% e prazo de um ano em uma única parcela.
Outro site especializado, o Valor Econômico, destacou que a crise na maior operadora de plano de saúde do País se arrasta desde o dia 1 de março, o que levou a Hapvida à perda de mais da metade do seu valor. A empresa fechou a última semana com a perda de quase quase R$ 13 bilhões em valor de mercado. O cenário negativo veio após a divulgação de um desastroso balanço financeiro do último trimestre de 2022, quando teve prejuízo de mais de R$ 316 milhões, revertendo o lucro de R$ 200,2 milhões reportado no mesmo período de 2021.
FUNDADOR SAI DA LISTA DOS BILIONÁRIOS DA FORBES
Após o resultado desastroso nas finanças com a queda de 56% no lucro anual, a Hapvida viu também o seu fundador, Candido Pinheiro Koren de Lima, saindo do seletíssimo grupo de bilionários da Forbes. Segundo a publicação, a fortuna do fundador da companhia recuou 1,3 bilhão de dólares.
Os especialistas veem com preocupação os índices de sinistralidade da Hapvida. A empresa tentou reverter a situação reajustando os preços, mas falharam e o aumento das mensalidades não conseguiu compensar a alta nos custos por beneficiários.