LÍDER RELIGIOSO

Divaldo Franco teve suas últimas horas de vida em paz

Conhecido como ‘O Semeador de Estrelas’, o líder religioso Divaldo Franco faleceu na última terça-feira (13), vítima de falência múltipla de órgãos

Divaldo Franco teve suas últimas horas de vida em paz Divaldo Franco teve suas últimas horas de vida em paz Divaldo Franco teve suas últimas horas de vida em paz Divaldo Franco teve suas últimas horas de vida em paz
Faleceu na noite desta terça-feira (13), em Salvador, o médium e líder espírita Divaldo Franco, aos 98 anos.
Faleceu na noite desta terça-feira (13), em Salvador, o médium e líder espírita Divaldo Franco, aos 98 anos. Foto: Divugação

Conhecido como ‘O Semeador de Estrelas’, o líder religioso Divaldo Franco faleceu na última terça-feira (13), vítima de falência múltipla de órgãos. O médium, que passou por intensos tratamentos contra câncer na bexiga, teve suas últimas horas de vida em paz, segundo Tânia Menezes, diretora-tesoureira da Mansão do Caminho.

“Sempre com resignação, Divaldo demonstrou compreensão em relação à sua trajetória. Mesmo enfrentando um processo pesado de radioterapia e quimioterapia, nunca desistiu ou desanimou”, afirmou Tânia durante o velório, que ocorre nesta quarta-feira (14), no ginásio da Mansão do Caminho, em Pau da Lima.

A desencarnação de Divaldo foi acompanhada por cerca de 15 pessoas, incluindo o presidente da Mansão do Caminho, Mário Sérgio Almeida. “Ele desencarnou às 21h45, de forma tranquila. A respiração começou ofegante, mas foi suavizando até desaparecer. No final, sentimos a presença dos bons espíritos, que vieram recebê-lo para a sua grande viagem ao mundo espiritual”, relatou Almeida.

O câncer foi diagnosticado em 2024, após Divaldo sentir desconforto urinário, mas não foi a causa da sua morte. O médium continuou o tratamento em casa, com períodos de internação, e em abril, a Mansão do Caminho anunciou que ele estava em remissão, embora enfrentasse dificuldades alimentares. Apesar dos problemas de saúde, Divaldo permaneceu lúcido até o fim.

“Ele se foi em paz, em paz com ele mesmo e com sua consciência. Sabemos que cumpriu com excelência a missão que escolheu antes de reencarnar”, declarou Tânia.

Legado e Impacto de Divaldo Franco

Divaldo Franco nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, Bahia, e ao longo de sua vida realizou mais de 20 mil conferências em mais de 2.500 cidades e 71 países. Com mais de 260 livros publicados e mais de 10 milhões de exemplares vendidos, ele deixou um vasto legado literário espírita, abrangendo temas diversos e impactando milhões de pessoas com suas mensagens de consolo e espiritualidade. Suas obras foram traduzidas para 17 idiomas, sendo um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade.

Junto a Nilson de Souza Pereira, Divaldo fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (1947) e a Mansão do Caminho (1952), um complexo educacional e socioassistencial que atualmente atende mais de 5 mil pessoas diariamente. A instituição oferece apoio material, educacional e espiritual para crianças, jovens, adultos e idosos. Tio Divaldo, como era carinhosamente chamado, adotou mais de 650 filhos, que cresceram nas antigas casas-lares da Mansão do Caminho. Ele recebeu mais de 800 homenagens de instituições culturais, sociais, religiosas e governamentais por sua dedicação às causas humanitárias.

O Futuro da Mansão do Caminho

Tânia Menezes, que frequenta a Mansão do Caminho desde criança e é voluntária há mais de 40 anos, falou sobre a perda. “Sentiremos sua falta, mas a missão que ele iniciou continuará. Não temos um substituto, mas temos trabalhadores, voluntários e colaboradores que seguirão seu exemplo. Tio Divaldo vive eternamente em nossos corações e nos ensinou a importância de prosseguir, amando e servindo, especialmente os invisíveis.”

O enterro de Divaldo Franco será nesta quinta-feira (14), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.