ECONOMIA

Desemprego atinge 6,2% em dezembro e taxa anual de 2024 é a menor da história

A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre encerrado em dezembro de 2024 em 6,2%, mantendo-se estável em relação ao período de julho a setembro (6,4%).

Conheça a realidade do mercado de trabalho no Pará: crescimento da ocupação, redução do desemprego e desafios da informalidade.
Conheça a realidade do mercado de trabalho no Pará: crescimento da ocupação, redução do desemprego e desafios da informalidade.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre encerrado em dezembro de 2024 em 6,2%, mantendo-se estável em relação ao período de julho a setembro (6,4%). No acumulado do ano, a taxa média foi de 6,6%, a menor já registrada na série histórica iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda do desemprego resultou na redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas em 2024, totalizando 7,4 milhões, menor patamar desde 2014. A população ocupada também atingiu um recorde, com 103,3 milhões de trabalhadores, representando um crescimento de 2,6% em relação a 2023.

Crescimento do emprego formal e informal

O mercado de trabalho seguiu aquecido, impulsionado pelo aumento de empregados com e sem carteira assinada. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 2,7%, alcançando 38,7 milhões de pessoas — o maior da série histórica. O emprego informal também bateu recorde, com 14,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior.

Por outro lado, o trabalho doméstico apresentou queda de 1,5%, totalizando 6 milhões de pessoas. O número de trabalhadores por conta própria atingiu o maior patamar histórico, com 26,1 milhões de pessoas, representando um aumento de 1,9% em relação a 2023.

Renda do trabalhador alcança novo recorde

O rendimento médio real do trabalhador também apresentou crescimento significativo, atingindo R$ 3.225, um aumento de 3,7% em relação a 2023. Esse é o maior valor da série histórica, superando o recorde anterior de 2014 (R$ 3.120). A massa de rendimento real também atingiu um novo pico, chegando a R$ 328,9 bilhões, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.

Expansão da ocupação em setores estratégicos

A análise setorial indicou crescimento da ocupação em três principais segmentos no trimestre encerrado em dezembro: Construção (alta de 4,4%, com mais 333 mil postos de trabalho), Transporte, armazenagem e correio (5%, com acréscimo de 283 mil trabalhadores) e Alojamento e alimentação (3,9%, com mais 214 mil empregos). Em contrapartida, o setor agropecuário registrou queda de 2,4%, com redução de 196 mil postos de trabalho.

Na comparação anual, houve crescimento na Indústria Geral (3,2%), Comércio (2,8%), Transportes (5,2%), Serviços Financeiros e Profissionais (3,7%) e Administração Pública (3,8%).

Sobre a pesquisa

A Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil, abrangendo uma amostra de 211 mil domicílios em 3.500 municípios. O próximo levantamento será divulgado em 27 de fevereiro de 2025, com dados referentes ao trimestre encerrado em janeiro.

Fonte: Agência Gov