Com o controle do perfil, os criminosos conseguem ler conversas, enviar mensagens em nome da vítima, pedir dinheiro e continuar as fraudes
Com o controle do perfil, os criminosos conseguem ler conversas, enviar mensagens em nome da vítima, pedir dinheiro e continuar as fraudes

Mensagens aparentemente inofensivas, como “Oi! Você pode votar em um concurso para me ajudar?”, têm sido usadas por golpistas para aplicar um novo tipo de fraude digital que vem se espalhando rapidamente pelo WhatsApp. O truque é simples: despertar a boa vontade das pessoas com pedidos de ajuda e, a partir daí, roubar o acesso à conta da vítima. O golpe faz parte de uma onda de campanhas de phishing que simulam votação, promoções ou causas sociais, com sites falsos cuidadosamente criados para parecerem legítimos.

A estratégia dos criminosos segue um roteiro já conhecido, mas com novos disfarces. Primeiro, eles criam páginas falsas de votação, com fotos, botões de “votar” e até contadores animados. Em seguida, espalham os links por mensagens em aplicativos e redes sociais, muitas vezes usando contas de amigos ou parentes que já foram invadidas.

E quando o usuário clica e tenta “participar”, o site solicita o número de telefone e um suposto código de autenticação do WhatsApp, alegando ser um procedimento rápido e seguro. É justamente aí que ocorre o roubo: ao digitar o código no aplicativo, o próprio usuário entrega aos golpistas a chave de acesso à sua conta.

Controle do perfil

Com o controle do perfil, os criminosos conseguem ler conversas, enviar mensagens em nome da vítima, pedir dinheiro aos contatos e continuar a corrente de fraudes. Em poucos minutos, o WhatsApp da pessoa pode ser usado para enganar dezenas de outros usuários, multiplicando o golpe em escala global.

Especialistas em segurança recomendam agir rapidamente se houver qualquer suspeita de invasão. O primeiro passo é acessar as configurações do aplicativo, na seção “Dispositivos conectados”, e desconectar sessões estranhas. Também é essencial ativar a verificação em duas etapas, que adiciona uma camada extra de proteção com um PIN de seis dígitos.

Como evitar ser uma vítima

Para evitar cair em armadilhas, o conselho é direto: nunca clique em links de origem duvidosa, mesmo que venham de pessoas conhecidas; não informe códigos de verificação a ninguém; e use apenas versões oficiais do WhatsApp baixadas de lojas confiáveis. Além disso, manter o celular protegido com antivírus e verificar periodicamente as conexões ativas ajudam a reduzir o risco.

No fim das contas, o golpe se sustenta na pressa e na boa-fé das vítimas. E, na internet, como na vida real, vale o ditado antigo: desconfie sempre de quem pede demais — especialmente se o pedido vier acompanhado de um link.

Editado por Fábio Nóvoa