Sete pessoas passam mal após comer “falsa couve” em Minas Gerais; entenda o risco
Sete pessoas passam mal após comer “falsa couve” em Minas Gerais; entenda o risco Reprodução/Internet

Sete pessoas sofreram intoxicação alimentar em Santa Vitória (MG) depois de consumirem Nicotiana glauca, popularmente conhecida como “falsa couve” — uma planta altamente tóxica que pode ser confundida com a hortaliça tradicional. O caso foi confirmado pelo prefeito do município, Sergio Moreira de Oliveira Jr.. Segundo ele, quatro das vítimas pertencem à mesma família, e duas chegaram a apresentar quadro grave de intoxicação. Todas receberam atendimento médico e passam bem.

O prefeito fez um alerta contundente à população: “Evitem o consumo ou o cultivo dessa planta. Não a utilizem como alimento nem como chá — há risco de intoxicação grave e até mesmo de morte! Quem tiver essa planta em casa, por favor, acabe com tudo.”

A Nicotiana glauca, também chamada de fumo bravo, pertence à mesma família do tabaco comum (Nicotiana tabacum) e contém altos níveis de anabasina, uma substância que pode causar náuseas, vômitos, confusão mental e alterações cardiovasculares.

O caso acendeu o alerta na região do Triângulo Mineiro, onde a planta já causou uma morte no município de Patrocínio, cidade a cerca de 360 km de Santa Vitória. Lá, quatro pessoas foram intoxicadas após o consumo. Uma mulher de 37 anos morreu após sofrer parada cardiorrespiratória.

Autoridades de saúde reforçam a necessidade de cautela ao consumir alimentos de origem desconhecida ou plantas “parecidas” com hortaliças tradicionais. Nunca consuma folhas, ervas ou chás não identificados — mesmo que tenham aparência inofensiva. Evite testar plantas de quintal ou de vizinhos sem confirmação botânica ou orientação técnica. Procure atendimento médico imediato diante de sintomas como tontura, enjoo, vômito, dormência, fraqueza ou alterações cardíacas após o consumo de alimentos ou chás caseiros.

Editado por Clayton Matos