TURISMO

Conheça a confeitaria do campeão do MasterChef

A reportagem do DIÁRIO visitou em São Paulo a Hanami Confeitaria, do chef Cesar Yukio, vencedor do talent show

Cardápio se destaca por doces coloridos e criativos Fotos: luiz octávio lucas
Cardápio se destaca por doces coloridos e criativos Fotos: luiz octávio lucas

Desde que a final do MasterChef Confeitaria foi ao ar, no dia 19 de dezembro de 2024, São Paulo (SP) passou a ter mais um espaço para atrair a atenção de turistas e locais: a Hanami Confeitaria. Localizada na Rua Mourato Coelho, 505, no charmoso bairro de Pinheiros, a casa de doces viu a movimentação crescer vertiginosamente por fãs do programa da RBATV/BAND dispostos a conhecer o estabelecimento do chef Cesar Yukio, campeão da primeira edição do talent show.

A reportagem do DIÁRIO fez uma visita ao local. O espaço acanhado comporta cerca de dez mesas, em um ambiente ‘clean’ com predominância da cor branca e decoração de cerejeiras artificiais, onde o que se destaca mesmo são os doces coloridos e criativos com a assinatura de Yukio. A movimentação intensa dos clientes tem como parada obrigatória o balcão expositor, onde os doces estão dispostos. Difícil é decidir qual deles escolher. As iguarias conquistam primeiro pela aparência e depois pelo sabor “equilibrado”, como cobram os rigorosos jurados do MasterChef em suas avaliações.

São sobremesas individuais “de textura leve e aveludada, com menor adição de açúcar”, conforme o cardápio, que conta ainda com bolos decorados, além de salgados. Mas são as sobremesas que atraem a atenção, já que foram elas que tornaram Cesar Yukio conhecido no Brasil inteiro a cada episódio do programa.

Com preços que variam de R$ 15 a R$ 40, as iguarias vão desde o fofo ‘Purupuru Nekô’, uma panacota de baunilha, acompanhada de calda de frutas vermelhas ao ‘Trilogia de Chocolate’, uma mousse de chocolate meio amargo recheado com chocolava de cacau 75% coberto por uma fina casquinha de chocolate com amêndoas – a decoração com um cogumelo remete aos cenários de games dos Irmãos Mário. Dá até pena de comer, mas é só provar para o sentimento de culpa se esvair de vez. Não sem antes registrar com o celular para fazer inveja nas redes sociais.

Com a agenda do campeão cheia após a vitória, quem faz as honras da casa é o co-proprietário da Hanami, Kuk Song Park Kim, cunhado de Yukio, que não esconde o sorriso de felicidade com a fama repentina da casa.

“Na verdade, a gente já estava aberto desde 2019, no Tatuapé. A minha perspectiva como co-proprietário, quando eu comi o bolo que o César fez, eu adorei. Era esse o bolo que eu tinha procurado faz muito tempo. Sabe quando você era criança, você comeu um bolo e falou, nunca mais você acha? Então, quando eu comi o bolo dele, eu falei, ‘César, esse é o bolo’. Aí passou o tempo, foi em 2016, e lembro que a mãe, que descansa em paz, também queria abrir uma confeitaria. Então, em 2019 a gente conseguiu abrir”, conta.

Mas foi a partir do final do ano passado que o interesse pela Hanami cresceu junto com o programa. “Mudou bastante. Agora as pessoas estão reconhecendo mais, as pessoas não conheciam Hanami. Agora, graças ao MasterChef, que o César ganhou, começaram a vir mais clientes. Porém, a gente sempre continua querendo dar o sabor da Hanami. É asiático, um sabor delicado, diferente”, destaca.

Kuk Song pontua que o sucesso desperta o plano de expansão. “O César está aproveitando… a gente quer abrir mais lojas. A ideia é que a gente possa abrir 5 lojas de uma vez, só que a gente não quer perder o sabor verdadeiro da loja”, afirma.

PING-PONG

Em agenda fora de São Paulo, Cesar Yukio também conversou com a reportagem, via WhatsApp, sobre o bom momento profissional que colhe a partir da vitória no MasterChef Confeitaria.

P Como você avalia a repercussão em torno da Hanami após a sua vitória no programa?

R Foi extremamente positiva. Não imaginava a quantidade de pessoas interessadas em confeitaria japonesa que foram à loja para buscar exatamente os doces que fiz no programa ou então os doces que levavam ingredientes japoneses junto.

P Quais seus planos a partir de agora?

R Por ser um tipo de confeitaria muito novo, eu acho que agora é ir trocando o cardápio e tentando arrumar novos pontos de venda e futuramente abrir uma padaria também focada em pães japoneses, que acredito que seja uma próxima tendência e quem sabe começar algum modelo de franquia.

P Como avalia sua participação no programa?

R Muita gente diz que fui jogador, que usei estratégia, mas na verdade eu fui tentando usar um pouco do conhecimento que eu tenho para tentar entregar melhor cada prova. Não me imaginava na final, quando eu entrei, na verdade, eu achei que eu seria o primeiro a sair, porque o nível realmente estava muito alto dos competidores, mas aí a cada prova que eu fui fazendo, fui percebendo um pouco como que era cada prova, como que os jurados viam o que eles estavam buscando e fui nessa estratégia até o final. Também confesso que não sabia se ia ganhar ou não, estava muito dividido.

P Belém é uma das cidades reconhecidas como Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco. Você tem interesse em conhecê-la?

R Eu amo Belém. Já fui duas vezes para a cidade, eu tenho um carinho muito grande pela cidade, pela gastronomia do Norte. Sempre fui muito a Manaus também, que foi quando eu tive esse primeiro contato, mas em Belém, sempre junto com as senhoras da associação japonesa da Nippo, eu sempre estou aí, falando muito sobre confeitaria japonesa.

P Que mensagem deixa para as pessoas que pretendem conhecer a Hanami?

R São super bem-vindos. A gente tenta trazer um pouco do Japão aqui para o Brasil, fazendo uma cozinha de fusão, de sabores brasileiros e japoneses, técnicas francesas também, junto com a confeitaria Yogashi e Wagashi, que são as confeitarias tradicionais e contemporâneas do Japão. Então, quando vierem, eu quero que vocês experimentem um pouco de tudo pra ver que a gente consegue usar outros ingredientes para trazer novos sabores e novas experiências.

Foto: Divulgação