Advogado é preso após agressão e assédio em confraternização no Royal Tulip Brasília Alvorada
Advogado é preso após agressão e assédio em confraternização no Royal Tulip Brasília Alvorada. Foto: Carla Azevedo

O que era para ser uma simples confraternização de advogados terminou em violência, hospitalização e prisão na noite da última sexta, 11, no Royal Tulip Brasília Alvorada, um dos hotéis mais luxuosos da capital federal. Tudo começou com a embriaguez do advogado Adonis Martins Alegre, de 35 anos, natural do Rio Grande do Sul,, que ultrapassou os limites alcoólicos da boa convivência. Visivelmente alterado,  ele cometeu assédio e agrediu fisicamente um segurança do evento. Adonis foi preso em flagrante após a sequência de episódios de embriaguez durante um evento jurídico que reunia profissionais de diversas regiões do país.

De acordo com relatos de participantes, a noite começou de forma descontraída, com rodadas de vinho e música ambiente. Testemunhas afirmam, porém, que o advogado passou a apresentar sinais de embriaguez intensa e mudança de comportamento.

Segundo as denúncias, ele assediou ao menos duas colegas, chegando a tocar uma delas sem consentimento e a persegui-la por dependências do hotel.

A confusão atingiu o auge quando um funcionário do evento tentou contê-lo. Adonis teria, então, quebrado uma taça de vinho e atingido o rosto do segurança, identificado apenas como Rafael, de 32 anos. O golpe provocou um corte profundo — a vítima precisou de vários pontos e relatou que só não ficou cego porque usava óculos no momento da agressão.

A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada e prendeu o advogado em flagrante, conduzindo-o à 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).

Ele responderá por lesão corporal grave, importunação sexual e perseguição. A fiança não foi arbitrada, uma vez que as penas somadas ultrapassam quatro anos de prisão.

De acordo com o delegado plantonista, os laudos do IML ainda vão determinar se o caso poderá ser enquadrado como tentativa de homicídio.

Advogado é preso após agressão e assédio em confraternização no Royal Tulip Brasília Alvorada
Advogado é preso após agressão e assédio em confraternização no Royal Tulip Brasília Alvorada. Foto: Carla Azevedo

Apesar da gravidade do episódio, a OAB Nacional e a seccional do Distrito Federal (OAB-DF) ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. Até o fechamento desta matéria, nenhuma nota pública havia sido divulgada, nem há registro de abertura de processo disciplinar contra o advogado.

A ausência de posicionamento tem gerado críticas dentro da categoria — especialmente de advogadas que participaram do evento — pela falta de resposta institucional em um caso que envolve violência física e assédio sexual praticados por um profissional da advocacia.

Pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, condutas que atentem contra a dignidade profissional podem resultar em suspensão ou exclusão do registro. A abertura de um processo interno, contudo, depende de denúncia formal e deliberação dos conselhos competentes.

O caso viralizou nas redes sociais neste fim de semana, com vídeos da confusão circulando em grupos de advogados e páginas de notícias locais. O episódio, que começou como uma celebração corporativa, terminou manchando o evento e expondo um grave problema de conduta e impunidade dentro da classe.