Edelvânia Wirganovicz, 51, uma das quatro pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul, em 2014, foi encontrada morta na tarde desta terça-feira (22).
Conforme a Polícia Penal, Edelvânia cumpria pena no regime semiaberto no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre e foi encontrada sem vida na cela.
A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, e o Instituto Geral de Perícias foram acionados para investigar o caso. Análise preliminar aponta para hipótese de suicídio. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário também acompanha a apuração do caso.
À reportagem o delegado Gabriel Borges afirmou que estão sendo aguardados os laudos periciais para concluir a apuração da morte.
Edelvânia havia sido condenada a 22 anos e dez meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela obteve, em 2022, progressão ao regime semiaberto. Ela era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e admitiu, no julgamento ocorrido em março de 2019, ter feito uma cova vertical para que o corpo do menino fosse escondido em um matagal de Frederico Westphalen.
Segundo a Justiça concluiu, Bernardo foi morto pela madrasta com a injeção de uma superdosagem de um medicamento para dormir. Foi Edelvânia quem apontou o lugar do cadáver, à época da investigação.
Em 2019, o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, também foi condenado a nove anos e seis meses de prisão. No entendimento do júri, Evandro teria auxiliado a irmã a fazer a cova para ocultar o cadáver de Bernardo. Ambos sempre negaram essa hipótese. Evandro obteve liberdade condicional em 25 de março de 2019.
O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão. A madrasta, Graciele Ugulini, a 34 anos e sete meses.
*Texto de Josué Seixas