Apesar da expectativa de queda nominal em relação ao ano passado, o Dia das Mães deve levar 126,9 milhões de consumidores às compras em todo o país. A data, considerada a segunda mais importante para o varejo depois do Natal, deve movimentar cerca de R$ 37,75 bilhões nos setores de comércio e serviços.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. O levantamento mostra que 78% dos entrevistados pretendem comprar ao menos um presente neste período. No entanto, o valor estimado de vendas representa uma queda de R$ 2,46 bilhões em relação a 2024.
As principais homenageadas na data serão as mães (77%), seguidas por sogras (18%) e esposas (17%). O gasto médio por consumidor será de R$ 298, com destaque para os homens (R$ 334) e para as classes A/B (R$ 351). Entre os que vão às compras, 51% dizem que o presente é uma forma de retribuir carinho e esforço, enquanto 25% consideram um gesto simbólico e 19% fazem isso por costume.
Preços mais altos e contas em atraso
A percepção de que os produtos estão mais caros é compartilhada por 69% dos consumidores. Ainda assim, 39% afirmam que vão gastar mais do que no ano passado. Entre os motivos: a compra de um presente melhor (60%), produtos mais caros (44%) e o desejo de presentear mais pessoas (31%).
Por outro lado, 16% dizem que vão gastar menos. A principal justificativa é a necessidade de economizar (40%), seguida da intenção de comprar menos itens (26%) e da dificuldade financeira (26%).
A pesquisa também revela um dado preocupante: 32% dos consumidores estão com contas atrasadas, e 63% desses estão com o nome negativado. Além disso, 13% admitem que podem deixar de pagar alguma conta para comprar presentes no Dia das Mães.
Presentes mais procurados e locais de compra
Entre os itens mais procurados estão:
- Perfumes (47%)
- Roupas, calçados ou acessórios (41%)
- Cosméticos (26%)
- Chocolates (23%)
- Flores (19%)
A média é de dois presentes por consumidor.
As lojas físicas seguem sendo o principal canal de compras (80%), com destaque para shoppings centers (32%) e shoppings populares (19%). Já 45% devem comprar online, principalmente por aplicativos (73%) e sites (69%). Sites internacionais lideram entre os canais digitais preferidos, devido à variedade, preço e qualidade.
Pagamento e pesquisa de preços
A forma de pagamento mais usada será o PIX (46%), seguido do cartão de débito (23%) e crédito parcelado (31%). O número médio de parcelas será quatro.
O comportamento cauteloso se reflete no planejamento: 79% pretendem pesquisar preços antes de comprar, a maioria pela internet (85%) e também em lojas físicas (68%).
Alerta para o endividamento
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o consumidor deve manter o controle dos gastos:
“É importante fazer pesquisa de preço e ficar atento ao orçamento, já que o país vive um período crítico de inadimplência e juros altos.”
A pesquisa ainda mostra que 82% pagarão os presentes sozinhos, enquanto 13% dividirão os custos, principalmente entre irmãos (56%).