Branquinha, pinga, ‘mardita’, aguardente, ‘água que passarinho não bebe’. Esses são alguns dos vários nomes que recebe a mais brasileira das bebidas alcoólicas, a cachaça. Apreciada em todo o Brasil, no Pará a destilada ganha uma versão paraense com toques e sabores regionais que se torna o grande presente para o Dia Nacional da Cachaça, que é comemorada neste 13 de setembro, e que agrada até degustadores internacionais.
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Em Belém, a maneira do empresário Léo Porto homenagear a bebida foi por meio da criação da cachaça de jambu, há 11 anos. A infusão da hortaliça regional que faz adormecer e formigar os lábios e a língua foi o toque paraense que deu certo. “Minha inspiração foi no tacacá, quando eu sentia o tremor do jambu sempre que tomava. Então, eu imaginei como seria se misturasse com a cachaça, qual o sabor e sensação que daria”, contou.
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A imaginação deu lugar à prática, que fez o empresário pesquisar a infusão e saber que o grande segredo do jambu está na flor da hortaliça, uma vez que concentra a maior parte do espilantol, que é a substância que causa a sensação de dormência. Após muitas tentativas, chegou ao ponto certo da mistura e fez o grande teste de degustação com os clientes do bar que é proprietário, o Meu Garoto que, inclusive, dá nome à cachaça. “Meus clientes foram minha cobaia, que aprovaram e sempre queriam mais e ficou conhecida”, completou Léo Porto.
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Uma vez aprovada e com grande aceitação, Léo Porto deu início a fabricação em grande escala da cachaça de jambu. Com os fundos do bar não tendo mais condições de abrigar a produção da bebida, ele adquiriu um terreno no bairro do Curuçambá, em Ananindeua, onde construiu a fábrica e até a horta para a plantação do jambu. Os muitos tonéis e máquinas de processamento são produzidos mensalmente, cerca de dez mil litros da bebida, entre a tradicional e as frutadas com sabores regionais de açaí, bacuri, castanha do Pará e cupuaçu.
“Além disso, tive de me ajustar legalmente, como conseguir a aprovação do Ministério da Agricultura, contratar engenheiros de alimentos, adotar meios de segurança pelos órgãos, entre outros investimentos, que ajudaram para que a produção da cachaça na fabricação seja em grande escala”, declarou.
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PRODUÇÃO
A alta produção da cachaça de jambu atende aos apreciadores da versão paraense da bebida, e a busca pelo produto deve aumentar ainda mais no período do Círio de Nazaré, sobretudo por parte de turistas. “No Círio, 80% da venda da cachaça nas minhas lojas ou nos bares é para os turistas, que chegam tendo a referência da minha cachaça de jambu. O motivo é que, pela qualidade do meu produto, eu envio para outros estados, ela tem sucesso internacional, inclusive, indicada por renomados chefs de cozinha”, disse Léo Porto.
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E para os próximos anos, o Dia Nacional da Cachaça será comemorado por Léo Porto pela versão envelhecida da cachaça de jambu. A produção já começou a ser feita na fábrica, onde a bebida está sendo conservada em barris de carvalho que darão o tom mais refinado aos degustadores. “Estarei lançando em breve a cachaça de jambu, que segue as bebidas que ficam mais apuradas quando envelhecidas em carvalhos, que com certeza também fará sucesso. Dessa forma, será mais uma versão à moda paraense para comemorar o Dia da Cachaça”, concluiu Léo Porto.