NA CASA DO SENHOR

Briga na igreja por causa da Palestina termina com fiel ferido e cirurgia no DF

Um momento que deveria ser de oração terminou em confusão e violência na Paróquia São Sebastião, no Gama (DF), durante uma missa de sétimo dia

Um momento que deveria ser de oração terminou em confusão e violência na Paróquia São Sebastião, no Gama (DF), durante uma missa de sétimo dia
Um momento que deveria ser de oração terminou em confusão e violência na Paróquia São Sebastião, no Gama (DF), durante uma missa de sétimo dia

Um momento que deveria ser de oração terminou em confusão e violência na Paróquia São Sebastião, no Gama (DF), durante uma missa de sétimo dia. O fiel Edivan Santos, de 57 anos, acabou com quatro ligamentos rompidos no joelho, passou por cirurgia e permanece internado em um hospital particular de Brasília.

A confusão começou após Edivan, em voz alta, pedir ao padre que intercedesse pela Palestina. Segundo sua esposa, Elizabeth Souto, o pedido foi insistente, mas não houve ofensas ou provocações. Ainda assim, Julio Silva Neto, de 44 anos, se irritou, abordou Edivan e o puxou pelo braço, dando início à briga.

“Ele tem a voz forte, mas foi apenas um pedido de oração. Isso não justificava tamanha agressividade”, disse Elizabeth.


Versões divergentes sobre o caso

A Polícia Civil do Distrito Federal registrou a ocorrência como lesão corporal. Em depoimento, Julio afirmou que Edivan parecia embriagado, tumultuava a missa e o atacou com socos, antes de ser derrubado com um “golpe de judô” em legítima defesa. Ele também admitiu que revidou.

A família contesta: “Ele não estava bêbado. Tudo começou com o simples pedido de oração pelos palestinos”, rebateu Elizabeth.


Busca por imagens e nova tipificação

A paróquia conta com 16 câmeras de segurança, seis delas dentro do templo. A defesa de Edivan afirma que solicitou acesso às gravações, mas a igreja condicionou a liberação a ordem judicial.

Segundo a advogada Anna Paula Oliveira, a equipe jurídica vai solicitar a reclassificação do caso para lesão corporal qualificada por intolerância religiosa, alegando que Edivan foi agredido por mais de uma pessoa. A família também estuda pedir indenização por danos morais.