PREJUÍZO VIRA OPORTUNIDADE

Brasil reage ao tarifaço dos EUA comprando açaí e castanha para merenda escolar

Açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas integram a lista. Medida já está valendo e não tem data para terminar

Açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas integram a lista. Medida já está valendo e não tem data para terminar
Açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas integram a lista. Medida já está valendo e não tem data para terminar Foto: irene almeida

O Governo Federal anunciou que passará a comprar, sem licitação, produtos como açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas diretamente de produtores brasileiros prejudicados pelo aumento das tarifas de exportação impostas pelos Estados Unidos.

Esses alimentos serão destinados à merenda escolar de escolas públicas, além de hospitais, universidades, institutos federais e às Forças Armadas. A medida já está em vigor e não tem data para terminar.

A ação beneficia agricultores familiares e empresas que tiveram exportações reduzidas ou suspensas em função das barreiras comerciais dos EUA. Os alimentos serão adquiridos com recursos já previstos nos programas públicos como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o programa de compras institucionais.

A lista de alimentos autorizados foi publicada na Portaria nº 12, assinada conjuntamente pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

“O governo vai estimular que estados e municípios comprem esses produtos para uso na merenda escolar e em restaurantes públicos. Açaí, mel, manga, tilápia — todos poderão fazer parte da alimentação em escolas, hospitais e até quartéis”, explicou o ministro Paulo Teixeira (MDA).

Ele também destacou que os preços de compra vão garantir remuneração justa aos produtores, evitando o desperdício de alimentos perecíveis que perderam seu principal mercado consumidor internacional.


Carne bovina e café ficaram de fora

Apesar de também terem sido afetados pelas tarifas norte-americanas, a carne bovina e o café não entraram na primeira lista de compras diretas. Segundo o governo, esses produtos possuem maior durabilidade e mais opções de mercado, o que reduz o impacto imediato da perda dos EUA como destino.


Como vender para o governo?

Empresas e produtores interessados em participar das compras devem apresentar documentação que comprove o impacto das tarifas em seus negócios. A venda direta pode ser feita para:

  • Prefeituras e governos estaduais
  • Instituições federais de ensino
  • Hospitais públicos
  • Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.