JULGAMENTO

Bolsonaro vai ao STF para julgamento em que pode virar réu

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai acompanhar no STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai acompanhar no STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe. Ele chegou à sala da Primeira Turma da corte nesta manhã sem dar declarações, cumprimentou advogados e se sentou na primeira fila.

Bolsonaro chegou a Brasília nesta terça-feira (25). No aeroporto, ele comentou o caso que corre contra ele e disse esperar justiça.

“A gente sempre espera justiça. Eu estou bem. Não tem nada que se fundamenta nas acusações feita de forma parcial pela PF [Polícia Federal]”, disse a jornalistas.

“Os advogados vão levantar tese de novo sobre foro. Onde Lula foi julgado? Primeira instância. Há pouco, mudou-se o entendimento de foro, para exatamente eu ficar na Primeira Turma”, afirmou.

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começa nesta terça-feira (25) o julgamento que pode tornar o ex-presidente réu sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

A defesa de Bolsonaro argumenta que o ex-presidente, por ter deixado o cargo, deveria ser julgado na primeira instância da Justiça, não no Supremo. Uma tese alternativa seria o julgamento no plenário do STF, onde haveria expectativa de votos favoráveis a Bolsonaro, ainda que as chances de uma vitória fossem remotas.

Ao fazer declarações no aeroporto, Bolsonaro também mencionou a falta de acesso dos seus advogados à integralidade dos autos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Apesar de criticar o processo, ele não arriscou um placar: “Vou esperar”.

A sessão da Primeira Turma ocorre nesta terça-feira após um trâmite acelerado da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e em meio a divergências entre aliados do ex-presidente sobre como ele deve lidar com a situação.

Alvo de ataques frequentes de Bolsonaro, que subiram de temperatura no último ano, o STF decidiu reforçar sua segurança para a deliberação.

A expectativa no Supremo é que a denúncia seja recebida por unanimidade na turma, composta pelo relator, Alexandre de Moraes, e pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.