GUILHERME SETO/FOLHAPRESS
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito a aliados que poderá viajar para fora do país para não passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse, em 1º de janeiro.
O atual mandatário vê na saída do território a solução para deixar para seu vice, Hamilton Mourão, a tarefa de participar da solenidade, como presidente interino. Mourão foi eleito para o Senado pelo Rio Grande do Sul, vaga que assume em fevereiro.
O motivo para a atitude de Bolsonaro é a revolta com o que encara como desigualdade de condições de disputa entre ele e Lula, especialmente devido a decisões da Justiça eleitoral.
Mourão disse a jornalistas na terça-feira (1º) que tem “quase certeza de que o presidente vai” passar a faixa para o petista.
Durante a campanha, Lula disse que Bolsonaro entregaria a faixa para ele.
“Ele pode gastar o que ele quiser, está dado. O destino do Bolsonaro está traçado: ele vai ter que ter humildade e, no dia primeiro de janeiro, entregar a faixa”, afirmou Lula, em entrevista antes de ato de campanha no Recife.
O único exemplo recente de presidente que não passou a faixa para o sucessor foi o de João Figueiredo, que foi substituído na Presidência por José Sarney.