![Segundo a polícia, ela é suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio pouco antes do Natal de 2024. Segundo a polícia, ela é suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio pouco antes do Natal de 2024.](https://uploads.diariodopara.com.br/2025/02/K9lH4Zvo-bolo_rio_grande_sul.webp)
Na última quarta-feira, 12, Deise Moura dos Anjos manifestou a um advogado sua intenção de tirar a própria vida, uma revelação alarmante que ocorreu um dia antes de ser encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG). O advogado, ao tomar conhecimento da situação, prontamente alertou as autoridades competentes da unidade prisional.
Durante o encontro com o jurista, Deise entregou a aliança de casamento, evidenciando o impacto emocional que o processo de divórcio — solicitado por seu marido, Diego Silva dos Anjos — estava causando. Relatos indicam que a detenta se mostrou bastante angustiada e chorou intensamente durante a conversa.
Na mesma semana, Deise havia requisitado um aumento na dosagem do antidepressivo que utilizava e demonstrava sinais de perda de apetite. Além disso, ela manifestou descontentamento em relação a condições do ambiente carcerário, como o odor proveniente da tubulação de esgoto e as altas temperaturas nas dependências da prisão.
Dentro da cela, Deise tinha permissão para usar lençóis e chegou a solicitar esparadrapos, alegando que precisaria deles para vedar uma das janelas, justificando que seria para impedir a entrada de insetos.
A tragédia aconteceu durante a madrugada, quando Deise teria tirado a própria vida. Sua ausência foi notada logo no início da manhã por uma agente penitenciária responsável pela conferência das internas. A servidora ainda tentou realizar manobras de reanimação cardiopulmonar e acionou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas infelizmente o óbito foi declarado no local.
Na ocasião do incidente, Deise se encontrava na ala de triagem em uma cela isolada. Ela havia sido transferida para essa unidade no dia 6 de fevereiro, após ter passado quase um mês no Presídio Feminino de Torres.
A Polícia Penal confirmou os detalhes da ocorrência em uma nota oficial. A Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) também se manifestou, informando que não fará comentários enquanto as investigações estiverem em andamento.
Em comunicado, a Polícia Penal afirmou: “Durante a conferência matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a presa Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais. Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito.”