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BC alerta: servidores são os pais do PIX e não Bolsonaro

O Pix foi criado em 2018, ainda no governo Temer, segundo o BC. Foto: Divulgação
O Pix foi criado em 2018, ainda no governo Temer, segundo o BC. Foto: Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito durante a campanha presidencial de reeleição que o PIX é feito do seu governo. No entanto, documentos do Banco Central (BC) analisados pelo UOL, apontam que a autoridade financeira iniciou o processo de criação da plataforma ainda em 2018, quando o país era chefiado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

Ouvido pelo portal, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP-RN), afirmou que o presidente tem muita coisa para mostrar no período eleitoral. “Ninguém sabe que o PIX foi projeto do governo dele”.

A afirmação de Faria é contrária aos documentos analisados, já que o lançamento da ferramenta ocorreu em novembro de 2020. Mas, os integrantes da equipe responsável pelo PIX no BC dizem que a ferramenta já existia desde 2016, três anos antes da entrada do economista Roberto Campos Neto no órgão.

O economista Reginaldo Lopes (MG), que é líder do PT na Câmara dos Deputados, disse ao UOL, que a estratégia de Bolsonaro tem como intuito assumir “a paternidade de um filho que não é dele”. Além de atacar a candidatura do seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O congressista também disse que “a milícia digital mente dizendo que o ex-presidente Lula pretende acabar com o Pix. Justo Lula, que quando esteve no governo colocou 45 milhões de pessoas no sistema bancário. Bolsonaro quer posar de pai do Pix, mas é o pai da mentira”.

O economista e fundador do Instituto Mercado Popular, Pedro Menezes afirma que o mérito do sucesso do PIX é dos servidores e diretores do BC, além de destacar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a propor tributar as transações digitais em uma nova CPMF, o que afetaria diretamente o ferramente de transferência de valores diretamente.

Fonte: JC Concursos