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'Avião não teve pista suficiente para frear', diz secretário do Amazonas

A capacidade da aeronave é para 18 pessoas. Ainda não foram divulgados oficialmente os nomes das vítimas. Foto: Reprodução
A capacidade da aeronave é para 18 pessoas. Ainda não foram divulgados oficialmente os nomes das vítimas. Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O avião que caiu em Barcelos (AM) teve dificuldade no pouso. O acidente deixou 14 mortos, e não há sobreviventes, segundo a Defesa Civil estadual.

As informações iniciais mostram que a aeronave teria pousado no meio da pista, ficando sem “pista suficiente para frear”, explicou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, o coronel Vinícius Almeida.

“Não temos detalhes que possam ser conclusivos. Temos alguns relatos. O que tem de relatos é que a aeronave teria pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear”, esclareceu.

A FAB (Força Aérea Brasileira) disse que a dinâmica do acidente ainda será investigada: “Todo acidente é uma relação de fatores. Todos serão analisados pela Força Aérea e, em breve, um relatório apontando as possíveis causas desse acidente será divulgado. “, explicou o Major-Brigadeiro do Ar David Almeida Alcoforado.

“Todos os aspectos serão abordados, desde o funcionamento da aeronave, a qualificação dos pilotos, as condições meteorológicas, o vento na localidade, o comprimento da pista. Todos esses são fatores analisados para que possamos determinar as possíveis causas desse acidente”, disse.

O prefeito de Barcelos, Edson de Paula Rodrigues Mendes, afirmou que o aeroporto tinha condições para pousos e decolagens, e que frequentemente recebe aeronaves. Ele esclareceu que, após um pedido de abertura para grandes aeronaves, o governo do Estado iniciou tratativas para uma reforma “para melhorar o pavimento”.

“Mas, de toda forma, o aeroporto de Barcelos está com todas as condições previstas em lei, adequadas para receber voos do porte do avião que sofreu o acidente”, finalizou.

O secretário de Segurança ressaltou que o aeroporto segue aberto para operação regular, apesar de ter um contrato de revitalização, previsto para iniciar em 25 de setembro. “A reforma na pista não é fator impeditivo para voo neste momento. Vai ter uma melhoria no aeroporto, mas pousos e decolagens estão devidamente autorizados pela ANAC”, esclareceu.

O ACIDENTE
Entre as vítimas estavam 12 passageiros, piloto e copiloto, segundo informou o órgão. A capacidade da aeronave é para 18 pessoas. Ainda não foram divulgados oficialmente os nomes das vítimas.

O avião saiu de Manaus e transportava um grupo de turistas, todos brasileiros, segundo o governo de AM, a partir de relatos iniciais. Os passageiros estariam na região para a prática de pesca esportiva.

O acidente teria ocorrido no momento em que o avião se aproximava do pouso, no aeroporto de Barcelos. “Devido às péssimas condições climáticas, duas aeronaves retornaram para Manaus e o piloto do avião decidiu tentar o pouso”, diz a nota da Defesa Civil.

A aeronave pertencia à Manaus Aerotáxi. A empresa estava regular e tinha permissão para atuar em táxi aéreo, segundo registro da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

A FAB foi acionada para realizar perícia no local. A Força Aérea Brasileira informou que investigadores do SERIPA VII (Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) realizarão o trabalho.

A Manaus Aerotáxi informou que “aeronave e tripulação envolvida no sinistro atendiam a todas as exigências da autoridade de aviação civil”. “Estamos comprometidos em esclarecer todos os detalhes relacionados a este acidente. Contamos com o respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à medida que a investigação avançar. Nossos pensamentos e orações estão com todos os afetados por este trágico ocorrido”, afirmou a empresa, em nota.