
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, às 9h desta terça-feira (9), o julgamento da Ação Penal (AP) 2.668, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
A sessão pode ser acompanhada ao vivo pela Rádio e TV Justiça, pelo aplicativo TV Justiça+ e pelo canal oficial do STF no YouTube.
Na semana passada, foram apresentados os argumentos da acusação — conduzida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet — e as defesas dos oito réus. Agora, o julgamento prossegue com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, seguido pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por fim, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. A decisão será tomada por maioria simples (três votos).
Para a continuidade do julgamento, estão reservadas sete sessões:
- Duas nesta terça-feira (manhã e tarde)
- Uma na quarta-feira (manhã)
- Duas na quinta-feira (manhã e tarde)
- Duas na sexta-feira (manhã e tarde)
👥 Quem são os réus:
Segundo a denúncia da PGR, os oito acusados formavam o chamado “Núcleo Crucial” da tentativa de golpe. São eles:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF
- Augusto Heleno – general e ex-chefe do GSI
- Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
- Mauro Cid – tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e réu colaborador
A PGR acusa o grupo pelos crimes de:
- Tentativa de golpe de Estado
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Organização criminosa armada
- Dano qualificado
- Dano ao patrimônio público
No caso de Alexandre Ramagem, parte da denúncia foi suspensa em função de sua atual imunidade parlamentar. O julgamento dessa parte foi adiado até o fim de seu mandato como deputado.