Notícias

Alexandre de Moraes revela plano de morte: 'Iam me enforcar após o 8/1'

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado revelou um plano para enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado revelou um plano para enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado revelou um plano para enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O QUE ELE DISSE
Investigação sobre o 8 de janeiro encontrou três planos contra Moraes. “O primeiro previa que as Forças Especiais do Exército me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo.

“O terceiro [plano], de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, disse.

Ministro conta que, apesar dos exageros, já esperava algo parecido. “Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido”, disse. “Nada disso ocorreu, então está tudo bem”.

Moraes considera que ações do STF foram fundamentais para evitar golpe. “Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe […], poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país.”

Ele considera que Lula (PT) acertou ao não decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O ministro disse que a investigação mostrou que o plano dos campistas em frente aos quartéis era ir a Brasília, invadir o Congresso e ficar até que houvesse uma GLO para que o Exército fosse retirá-los.

“Eles tentariam convencer o Exército a aderir ao golpe. O que mostra o acerto em não se decretar a GLO, porque isso poderia gerar uma confusão maior”, afirma Moraes.
Moraes refutou as críticas de que as penas aos condenados pelo 8/1 foram “excessivas”. “Se as penas máximas fossem aplicadas […], pegariam mais de 50 anos, mas pegaram 17 (no máximo). Se não quisessem ser condenados, não praticassem nenhum crime”.

Para ele, também há um componente preconceituoso nesse tipo de opinião. “Nenhum desses golpistas defende que alguém que furtou um notebook não possa ser preso. E eles, que atentaram contra a democracia, não podem? Os presos são de classe média, principalmente do interior, e acham que a prisão é só para os pobres. A Justiça tem que ser igual para todos.”